Termina nesta quarta, 9, a consulta pública sobre o Prêmio Adicional de Renda (PAR). Entre as sugestões feitas no site da Ancine por cerca de 30 visitantes, dos setores de produção, distribuição e exibição, estão a premiação usando critérios de público por cópia; redução das faixas de premiação; critérios considerando o orçamento versus a renda; possibilidade do uso do dinheiro do prêmio para investir em projetores digitais, no caso dos exibidores; tratamento diferenciado para documentários, que raramente conseguem superar o público de 50 mil pessoas; uso do prêmio para ressarcir despesas não recuperadas de comercialização das distribuidoras.
Simulação
A regra proposta beneficia principalmente o filme médio. Em um ano hipotético com 20 lançamentos, sendo oito com público inferior a 50 mil pessoas, dois com público de 100 mil pessoas, dois com público de 200 mil pessoas, três com público 400 mil pessoas, três com público de 800 mil pessoas e dois com público de 2 milhões de pessoas; levando-se em conta um valor para o Prêmio Adicional de Renda para produtores de R$ 1.134.000,00 e um preço médio de ingresso de R$ 7,00, a distribuição do prêmio entre os produtores ficaria assim:
* os oito produtores cujos filmes tiveram pior performance não receberiam o PAR;
* os dois produtores cujos filmes tiveram público de 100 mil pessoas receberiam R$ 42.234,63;
* os dois produtores cujos filmes tiveram público de 200 mil pessoas receberiam R$ 73.910,61;
* os três produtores cujos filmes tiveram público de 400 mil pessoas receberiam R$ 99.251,39;
* os três produtores cujos filmes tiveram público de 800 mil pessoas receberiam R$ 122.480,44;
* e os dois produtores cujos filmes tiveram público de 2 milhões de pessoas receberiam R$ 118.256,98.
