"Vento Dourado", novo curta de André Hayato Saito, estreia no Festival Internacional de Cinema de Moscou 

(Foto: Divulgação)

O curta-metragem "Vento Dourado", escrito e dirigido pelo autor nipo-brasileiro André Hayato Saito e produzido pela MyMama Entertainment, estreia neste mês no 46º Moscow International Film Festival. 

O filme faz parte da trilogia de curtas onde Saito investiga sua ancestralidade japonesa a partir de um olhar autoral e íntimo. "Vento Dourado" tem como personagem principal sua avó materna, Haruko Hirata, que aos 94 anos se encontra no limiar do existir. O cineasta explora a relação íntima da matriarca com sua filha Sumiko, sua cuidadora por 18 anos. Filmado a partir de uma proposta do diretor de "retiro cinematográfico" e conduzido como um docuficção, o filme é uma ode à observação do cotidiano e da natureza, onde tradições familiares e conversas poéticas sobre a efemeridade da vida florescem espontaneamente. 

Pertencente à primeira geraçãoda família nascida no Brasil, Haruko tem sua identidade e referências moldadas pela cultura de seus ancestrais. Apesar de sua história ter começado e terminado no Brasil, o japonês permaneceu por toda sua vida como sua língua materna.

A trilogia 

A investigação identitária de Saito teve início com o curta "Kokoro to Kokoro", que abordou os laços de amizade entre sua avó paterna e uma amiga japonesa. O filme foi eleito melhor documentário de curta-metragem no Roma Short Film Festival, sendo exibido também em diversos outros festivais. 

O terceiro curta da série – desta vez uma ficção – chama-se "Amarela" e está em finalização. Este será o ponto de partida para o primeiro longa do diretor, "Crisântemo Amarelo", projeto que sintetiza a trilogia e está em processo de captação. Todos os filmes são produzidos pela MyMama Entertainment.

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