Venda de formatos exige atenção especial, dizem produtores

Com o sucesso de "Ugly Betty", série derivada da novela colombiana "Betty, la Fea", e a greve dos roteiristas, que afetou a produção de conteúdo original nos Estados Unidos, os estúdios voltaram-se para a produção de formatos derivados de outras localidades. Em painel que debateu o tema nesta segunda, dia 9, durante o Banff World Television Festival, no Canadá, foram apresentados alguns casos de produtores canadenses e de outros países que venderam seus formatos e ainda uma lista de cuidados a serem tomados quando se vende um formato para produção.
O advogado alemão especialista em direitos de televisão, Chistoph Fey, acredita que é preciso estar sempre atento às mudanças que estão sendo feitas ao seu script original. "Tente manter a fórmula original, mas ao mesmo tempo, dê liberdade para que o produto adapte-se à cultura local", diz o advogado.
Ele aconselha ainda a sempre garantir, por contrato, os direitos sobre a nova versão que será feita em cima da original. "Se você não garante seus direitos, o produtor do novo formato pode dizer que fez contribuições ao conteúdo aqui e ali e dizer que o produto é dele", afirma.
Para quem está na posição de adaptador do formato, Rob Kaplan, da Distraction, aconselha a respeitar a versão original, dentro do possível. "Você tem que ficar com aquilo que funciona", diz. "Você não pode, por exemplo, fazer a 'ugly betty' ser uma mulher bonita".

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