Filme "A Batalha de Shangri-Lá" estreia nos cinemas de cinco capitais

O filme brasileiro "A Batalha de Shangri-Lá" chega aos cinemas nesta quinta-feira, dia 11 de agosto, com sessões em salas de cinco capitais: São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Porto Alegre e Curitiba. A sessão do dia 13, às 19h30, no Cine Passeio, em Curitiba, será seguida do bate-papo "Som e Trilha na Construção Narrativa Cinematográfica", com Ale Rogoski e Felipe Ayres, profissionais atuantes no cinema nacional que trabalharam no filme.

Produzido e filmado no Mato Grosso, este longa-metragem tem em seu elenco nomes conhecidos nacionalmente, como Gustavo Machado, Ingra Lyberato e Maria Ceiça. 

Na trama, João (Gustavo Machado) perde seu pai adotivo e inicia uma jornada pessoal para obter respostas sobre seu passado. Ele parte em busca de sua mãe biológica, que o abandonou há quase 40 anos, no interior do Mato Grosso. Em uma viagem por um Brasil profundo, ele conhece sua cidade natal e pessoas que fizeram parte do passado da mulher que procura, mas sem respostas muito claras. João vai encontrando pistas que o levam por caminhos físicos e emocionais que colocam em xeque suas convicções e preconceitos. O encontro com sua mãe é ao mesmo tempo intenso e doloroso, trazendo à tona angústias do passado e revelações que irão afetar as vidas dos dois para sempre. Assista ao trailer: 


"A Batalha de Shangri-Lá" passou por diversos festivais no Brasil e no exterior, como Festival de Brasília, Festival Mix Brazil de Cultura da Diversidade, LABRFF – Los Angeles Brazilian Film Festival (EUA), Manchester Film Festival (Inglaterra) e Oslo Film Festival (na Noruega, onde foi finalista na categoria drama), entre outros. 

Desenvolvimento da narrativa 

O roteiro de "A Batalha de Shangri-Lá" foi selecionado na 13ª edição do festival Ibermedia, em Madri (Espanha), onde passou por um laboratório de desenvolvimento de roteiro que teve como consultores os renomados cineastas Karim Aïnouz  e Tomas Aragay.

O diretor e roteirista Severino Neto escreveu a história quando tomou conhecimento sobre o "estupro corretivo", um crime chocante praticado contra mulheres lésbicas. Apesar de ocorrer com certa frequência, não é comentado na mídia. "Essa angústia, esse incômodo, me fez escrever e dirigir a 'A Batalha de Shangri-Lá'  e, apesar do tema ser tratado com sutileza, as nuances do meu estado e as possíveis causas dessas situações estão expostas. Eu acredito que uma história contada dessa forma possui o poder de reflexão e repercussão ou, pelo menos, a capacidade de tornar o assunto um pouco mais conhecido", relata.

Produção mato-grossense 

O filme foi produzido e filmado em Cuiabá, no Mato Grosso, com cerca de 80% da equipe vinda da cidade. Os diretores Severino Neto e Rafael De Carvalho são atuantes no atual cenário de audiovisual da capital mato-grossense.

"Para mim é sempre um privilégio trabalhar em regiões que criam sua própria potência de realização e expressão cultural", afirma a atriz Ingra Lyberato. Já Maria Ceiça observou que a cidade passa por um período de crescimento no audiovisual. "Quando recebi formalmente o convite, fui saber sobre o que se estava produzindo em Cuiabá.  Esta turma jovem do cinema está vindo com uma força incrível. E o Severino Neto e o Rafael de Carvalho fazem parte disso", relata.

"A Batalha de Shangri-Lá" tem produção da Molera Filmes e Moro Filmes (que também é distribuidora). Sua realização contou com recursos do estado do Mato Grosso por meio da linha de co-investimento do Fundo Setorial do Audiovisual / BRDE / Ancine. 

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