28º Festival Mix Brasil, em edição online e gratuita, tem início nesta quarta-feira, 11 de novembro

De 11 a 22 de novembro, o Festival Mix Brasil, um dos mais importantes e celebrados eventos de cultura dedicados à diversidade do mundo, realiza a sua 28ª edição de forma online e gratuita, podendo ser assistido de qualquer parte do país. Algumas sessões presenciais acontecerão no CineSesc, espetáculos teatrais no Centro Cultural da Diversidade e exposição em diversos Centros Culturais de São Paulo, com um número limitado de espectadores. Este ano, a homenageada com o prêmio Ícone Mix será a drag queen Marcia Pantera, criadora do movimento Bate-cabelo e destaque em diversos filmes do cinema nacional.

Com direção de André Fischer e direção executiva de Josi Geller, a programação do Mix em 2020 traz 101 filmes de 24 países, espetáculos de teatro, música, seminário de literatura, laboratório audiovisual, mesas sobre temas relevantes para comunidade LGBTQIA+, artes visuais e o Show do Gongo. Todas as atrações estarão concentradas n plataforma MixBrasil.

O Festival abrirá nesta quarta-feira, dia 11 de novembro, às 20h, com uma cerimônia totalmente online, que contará com um pocket show da cantora Linn da Quebrada seguido da exibição do premiado filme argentino, inédito no Brasil e selecionado para a seção Panorama do festival de Berlim, "As Mil e Uma" (foto), de Clarisa Navas, que ficará disponível na plataforma do Festival a partir do término do show.

A programação de longas-metragens, organizada pelo diretor de programação de Cinema do Festival, João Federici, exibirá títulos de diretores e atores consagrados que fizeram parte da Seleção Oficial dos Festivais de Berlim, Veneza, Toronto, Sundance, Cannes e OutFest. Inéditos no Brasil, os destaques são "The World to Come" (EUA), de Mona Fastvold, que conta com Vanessa Kirby ("The Crown") no elenco; "I Carry You With Me" (EUA, México), de Heidi Ewing, vencedor do prêmio do público em Sundance; "Saint-Narcisse" (Canadá), do enfant-terrible Bruce LaBruce; "Lingua Franca" (EUA, Filipinas), de Isabel Sandoval, eleito o melhor filme do Queer Lisboa deste ano; "Verão de 85" (França), de François Ozon; "Suk Suk" (Hong Kong, China), de Ray Yeung Pak; "Shiva Baby" (Canadá), comédia de Emma Seligman; "Pequena Garota", documentário francês dirigido por Sébastien Lifshitz; "Cured" (EUA), de Bennett Singer, Patrick Sammon, eleito o Melhor documentário pelo público do Frameline; "Ellie & Abbie" (Austrália), de Monica Zanetti; "Emilia" (Argentina), de César Sodero, Seleção oficial em Roterdã; "A Morte Virá e Levará Seus Olhos" (Chile), de José Luis Torres Leiva, que recebeu menção especial do júri em Mar del Plata; "A Cidade Era Nossa" (Países Baixos), de Netty van Hoorn, documentário sobre o movimento lésbico holandês nos anos 70.

A Mostra Competitiva de filmes nacionais deste ano reúne nove títulos, em uma seleção fortemente marcada pelas investigações das afetividades e identidades da população LGBTQIA+. Entre os concorrentes ao Coelho de Ouro, a maioria fará a sua première nacional no Festival. Os selecionados são: "A Torre", de Sérgio Borges (MG); "Alfabeto Sexual", de André Medeiros Martins (SP); "Limiar", de Coraci Ruiz (SP); "Mães do Derick", de Dê Kelm (PR); "Meu Nome É Bagdá", de Caru Alves de Souza (SP); "Para Onde Voam as Feiticeiras", de Eliane Caffé, Carla Caffé e Beto Amaral (SP); "Valentina", de Cássio Pereira Dos Santos (MG/DF); "Vento Seco", de Daniel Nolasco (GO) e "Vil, Má", de Gustavo Vinagre (SP).

Quatro documentários relatam as vivências de diferentes populações ignoradas ou marginalizadas do nosso país no panorama Vozes do Brasil Real: "Cinema de Amor", de Edson Bastos e Henrique Filho (BA); "Homens Pink", de Renato Turnes (SP/SC); "Prazer em Conhecer", de Susanna Lira (RJ) e "Quem Pode Jogar?", de Marcos Ribeiro (RJ). Já os curtas-metragens contam com uma Mostra Competitiva com 13 filmes de sete estados, além de outros 48 trabalhos nacionais e 20 estrangeiros.

A 5ª edição do MixLab Spcine, encontro que visa o intercâmbio de experiências e relações profissionais na área cinematográfica, será totalmente online e abre com uma masterclass do cineasta Esmir Filho. O evento conta ainda com mesas como "Criação e produção de audiovisual LGBTQIA+ independente em tempos de pandemia" e "Produção de conteúdo LGBTQIA+ na cidade de São Paulo". A parceria com a Spcine também é representada por uma vitrine exclusiva de destaques do festival, que será exibida dentro da plataforma Spcine Play durante 90 dias a partir do início do evento.

O Festival conta ainda com teatro, música, literatura, MixTalks, artes visuais e show do Gongo. Toda a programação online do 28º Festival Mix Brasil de Cultura da Diversidade poderá ser acessada gratuitamente pelo site. Os filmes poderão ser assistidos pelas plataformas digitais InnSaei.TV, Sesc Digital e Spcine Play. O acesso a alguns filmes será limitado e alguns longas serão exibidos apenas em sessões presenciais.

O evento é uma realização da Associação Cultural Mix Brasil, Ministério do Turismo e conta com a iniciativa da Lei de Incentivo à Cultura, o patrocínio de Itaú e Mercado Livre, apoio da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, apoio cultural de SESC SP e Biblioteca Mario de Andrade; apoio institucional do Países Baixos, Dot Cine, Ctav, Mistika, Ateliê Bucareste e Vetor Zero e promoção do Canal Brasil, Mubi, E! e Leitura Digital.

A programação completa do 28° Festival Mix Brasil de Cultura da Diversidade estará disponível no site e também pode ser acessada por meio das redes sociais.

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