Empresas norte-americanas destacam importância do mercado internacional para a saúde da TV paga

O mercado internacional é cada vez mais importante para os grupos norte-americanos de TV por assinatura. Durante o segundo dia da Cable 2013, que acontece esta semana em Washington, três grupos que têm hoje forte presença fora dos EUA exaltaram o papel que outros mercados têm desempenhado. Dave Zaslav, presidente do grupo Discovery, ressaltou que hoje a receita internacional do grupo já é maior do que a receita doméstica dos EUA. O grupo Liberty Global, por meio da UPC, é hoje o maior operador de cabo do mundo sem ter nenhuma operação nos EUA (tem na verdade uma pequena operação em Porto Rico). Todo o seu mercado está na Europa e Ásia. E a Viacom também destaca o peso dos mercados externos em suas receitas.

Para Mike Fries, presidente da Liberty Global, o setor de TV por assinatura como um todo ainda está subavaliado pelos analistas financeiros, mas ele disse que isso não preocupa. "Estamos vendo crescimentos importantes de receita e novos serviços", disse.

Todos concordam que a realidade dos mercados internacionais em relação aos grandes desafios da TV por assinatura são os mesmos: necessidade de colocar os conteúdos em mais plataformas, competição com serviços over-the-top e pesados custos de investimento em infraestrutura e produção. Há, nesse ponto, uma discrepância. Enquanto Discovery e Viacom falam em investimentos das ordens de US$ 200 milhões e US$ 300 milhões em novos conteúdos, por exemplo, a Liberty Global, em suas operações de cabo, investe mais de US$ 2 bilhões ao ano para ter novos serviços.

Para as três empresas, a retomada da economia mundial pode representar um grande salto para o setor de TV por assinatura norte-americano, que sobreviveu nos últimos cinco anos (desde a crise de 2008) basicamente buscando oportunidades internacionais. "Já estamos posicionados para a retomada", diz Zaslav.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui