VOD em redes IPTV tem ARPU maior do que no cabo

A oferta de serviços de vídeo on demand (VOD) exige investimentos em infraestrutura de rede das operadoras, servidores e também nos equipamentos do cliente final e as margens de lucro praticadas no mercado podem muitas vezes ser muito pequenas ou mesmo inexistentes. A afirmação é do diretor regional para o Sul da América Latina da Nagravision, Thierry Martin, que participou do painel "Modelos de negócio para VOD" durante o primeiro dia da ABTA 2009. Uma saída para aumentar o faturamento do serviço é a ampliação das bibliotecas de conteúdo e a melhora da janela de exibição. Dados apresentados por Martin revelam ainda que o VOD em redes bidirecionais de IPTV é mais rentável. Nos EUA, ao final de 2007, havia 97 milhões de residências com VOD em redes de cabo, com receita de US$ 1,1 bilhão, e 10,5 milhões de lares com VOD sobre IPTV, com receita total de US$ 235 milhões. ?Isso dá uma ARPU (receita média por usuário) de US$ 11 para VOD no cabo contra US$ 22 no IPTV principalmente por conta da possibilidade de interação com as redes bidirecionais?, comenta Martin. Dessa forma, uma outra tendência é a de set-top boxes híbridos que combinem a recepção de sinais de TV digital via satélite ou terrestre com IPTV. "A expectativa é que sejam vendidos mundialmente 40 milhões de set-top híbridos em cinco anos".
Churn
Deve-se ressaltar que o VOD significa uma diferenciação no serviço de televisão por assinatura muito bem aceita pelos usuários. "Com mais opções e menos tempo, o novo consumidor está mais seletivo na escolha do que, quando e onde ver seus conteúdos", comenta a diretora de novos negócios da HBO, Dionne Bermudez. Para ela, o VOD também contribui para a diminuição dos índices de churn. "VOD apóia nossa estratégia de programação, cria fidelidade a nossas séries e franquias e aumenta a audiência". Dionne revelou durante o painel que o serviço de VOD por assinatura aumentou em 29% a penetração dos pacotes Premium da HBO e ainda reduziu em 40% as taxas de churn do pacotes Premium e em 15% de churn termos globais.
Para Marcelo Gluz, gerente de novas mídias da Globosat, o ponto-chave de qualquer serviço de vídeo, independente de ser on demand, é ter um conteúdo de qualidade. "A TV é cada vez mais insuficiente para o usuário, que vem adquirindo uma postura cada vez mais ativa e mesmo buscando nosso conteúdo na Internet, no YouTube, o importante é que estão assistindo nossos produtos e fazendo de nossas franquias um sucesso", conclui Gluz.

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