Produtores independentes de televisão reuniram-se na semana passada com representantes da equipe de transição do novo governo federal para discutir temas relacionados à política audiovisual do Brasil.
Pelo PT estavam presentes Marcio Meira, Hamilton Oliveira, Antonio Grassi e Berenice Mendes.
O debate do primeiro dia foi sobre o futuro da Ancine. Segundo o presidente da ABPI-TV (associação dos produtores independentes de TV), Marco Altberg, ficou patente a necessidade de fortalecimento da agência. Os produtores defenderam a inclusão da televisão aberta no guarda-chuva da agência, que deveria, segundo eles, voltar a ser a Ancinav (Agência Nacional do Audiovisual), como no projeto original.
Benefício próprio
Os debates do primeiro dia também englobaram as leis de incentivo à cultura. Houve críticas a situações criadas pelas leis que permitem, por exemplo, que empresas invistam em seus próprios institutos ou fundações e assim aumentem seus patrimônios às custas da renúncia fiscal.
Fundo
No segundo dia, o debate girou em torno da televisão. Altberg entregou à equipe de transição um documento em que os produtores propõem a criação de espaços para a produção independente nas emissoras abertas e a criação de um fundo, com parte das receitas da TV, para o fomento à produção independente, como contrapartida à produção que as emissoras deixariam de fazer.
