VIS apresenta "Narrativas Negras", primeira sala de conteúdo dedicada à diversidade e equidade

O VIS Américas, divisão da ViacomCBS, apresenta "Narrativas Negras", uma sala de conteúdo formada por escritores e roteiristas que desenvolverá conteúdo inclusivo para o VIS, buscando expandir ainda mais a representatividade dentro e foras das telas, além de promover maior equidade racial. 

A equipe será comandada por Marton Olympio e conta com Eliana Alves Cruz, Estevão Ribeiro, Lidiane Oliveira e Renata Diniz. Juntos, eles irão desenvolver projetos de diferentes gêneros, podendo incluir séries, longa-metragens e produtos da área de entretenimento, como reality shows. Além disso, serão consultores para demais projetos em andamento ligados ao tema. 

"Acredito que estamos preenchendo uma lacuna de séries e filmes de diferentes gêneros que, pensando nos clássicos, em sua maioria, foram escritos por pessoas brancas", diz a roteirista Renata Diniz, que integra a equipe, em entrevista exclusiva para TELA VIVA. "Quando analisamos as novelas brasileiras e até os próprios personagens negros a gente percebe o tanto que isso contribuiu para o racismo na sociedade brasileira. Por isso acho tão importante essa iniciativa do VIS para preenchermos os espaços com outros olhares".  

Marton Olympio, que comanda o time, pontua: "Acreditamos muito nessas narrativas e, na verdade, narrativas negras é só uma forma de explicar ao mercado o que está acontecendo, mas eu espero que, um dia, a gente possa chamá-las de narrativas brasileiras ou apenas de narrativas". O roteirista acrescenta: "Queremos ir além das narrativas únicas que mostram pessoas negras atravessadas pela violência, seja como policial ou como traficante. Parece que não tem espaço para outras histórias. Vamos oportunidade para novas vozes surgirem e de novos espaços sendo ocupados". 

Narrativas negras e diversas 

Olympio conta que, quando recebeu o convite da Tereza Gonzales (diretora sênior do VIS Brasil) para montar a equipe do projeto, buscou ser o mais diverso possível. "Temos debates aprofundados e às vezes até rolam algumas brigas", brinca. "Mas isso porque temos diferentes origens e experiências próprias. É uma grande evolução desse mercado. Quando comecei, era diversas vezes o preto único em uma sala em que a narrativa era negra. As pessoas esperavam de mim uma série de respostas que, às vezes, eu não podia dar, não tinha conhecimento de causa para isso", completa.

"Existe esse costume de achar que nós somos os detentores da palavra negra num espaço", pontua Estevão Ribeiro. "Precisamos dessa multiplicidade nas salas para termos essas narrativas faladas pelos brasileiros que representam uma maioria da população. Precisamos de materiais que nos façam pensar e refletir – porque o que temos hoje nas telas nos faz crer que, a cada três cidadãos negros, dois têm uma arma. Nossa procura é por uma narrativa diversa tal como nós. "Somos cada um de uma origem e temos diferentes especializações e vivências. Temos uma diversidade linda. São diversas visões que tendem a agregar grande valor à forma que contamos as histórias", afirma. 

"Queremos falar em narrativas brasileiras porque são histórias que fazem parte do Brasil, mas é importante dizer que são diferentes realidades", concorda Eliana Alves Cruz. "São coisas às vezes muito sutis, pouco óbvias. O que é óbvio já está aí, já foi feito. Essa sutileza é o que traz verdade para as narrativas. Acho que é isso que o VIS busca, esse aprofundamento". 

Compromisso 

Em novembro passado, o VIS anunciou que 25% de seu orçamento na América Latina seria investido na criação e desenvolvimento de conteúdo por pessoas que ampliem a diversidade e aumentem a equidade, seja ela racial, cultural, de gêneros ou de perspectivas. 

"É importante que o conteúdo que desenvolvemos dialogue e atraia os diferentes espectadores. Queremos especialmente levantar essas vozes e destacar histórias que não estão bem representadas na mídia", afirma  em nota Federico Cuervo, SVP, Diretor Geral do VIS Américas. "'Narrativas Negras' é um primeiro passo importante e marca o início de nossos esforços para criar um conteúdo mais diversificado e que represente culturas em todo o mundo. Esta iniciativa começa no Brasil, mas será replicada em outras regiões para enriquecer nossa oferta de produtos com diferentes perspectivas que se identificam com etnias e grupos diversos", completa. 

Na América Latina e em todo o mundo, a ViacomCBS está comprometida em ter uma força de trabalho diversificada, tanto na frente quanto atrás das câmeras, que reflita as comunidades e onde vivem. A ViacomCBS também se dedica a criar um ambiente de trabalho inclusivo e equitativo, no qual todos os funcionários possam se sentir valorizados, ouvidos e incentivados a fazer o melhor todos os dias. 

Na foto, em sentido horário: Eliana Alvez Cruz, Estevão Ribeiro, Lidiane Oliveira, Renata Diniz e Marton Olympio 

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