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Comcast vê Internet das Coisas como grande desafio para operadoras de cabo

Para a Comcast, maior operadora de cabo do mundo e umas das maiores operadoras de banda larga dos EUA, o grande desafio que se coloca para empresas de telecomunicações nos próximos anos é a escala do mercado de Internet das Coisas. Para Kevin McElearney, VP de engenharia de rede da operadora, que participou nesta quarta, 12, do Annual Technology Simposium da Alcatel-Lucent (ALU), nos EUA, esse desafio é ainda maior para operadoras de cabo em que muitas vezes a rede foi pensada apenas para os serviços de vídeo, mas que agora precisam pensar em todos os tipos de serviço de banda larga. Um dos problemas centrais, que a Comcast já lidou, é o de endereçamento IP.

"Hoje, há empresas pagando no mercado US$ 14 por endereço IPv4. Isso é impensável. O mercado de Internet das Coisas exige a migração para o IPv6", diz ele. Segundo McElearney, 100% da rede da Comcast já é IPv6, mas apenas 30% dos dispositivos ligados à rede estão preparados para o novo endereçamento (chagará a 50% no final do ano, segundo a empresa) e apenas 10% do tráfego é IPv6. "É um caminho inexorável", diz ele. A rede da Comcast precisa lidar com números impressionantes de tráfego. São 15 milhões de vídeos on-demand assistidos diariamente, 7,2 mil horas de programação linear transmitidas por dia, 180 milhões de chamadas de telefonia, 145 milhões de e-mails entregues, 1.850 canais de vídeo e áudio e picos de tráfego de 24 Tbps. A rede da Comcast tem 631 mil milhas, sendo 149 mil em fibra, 30 mil milhas de backbone e 127 mil nós de rede. A capacidade de armazenamento das CDNs usadas pela Comcast é de 139 TB.

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