Oi lucra meio bilhão de Reais no primeiro trimestre

A Tele Norte Leste Participações (TNLP), controladora da Oi, registrou no primeiro trimestre de 2010 seu melhor resultado financeiro desde a aquisição da Brasil Telecom (BrT): a empresa teve lucro líquido de R$ 496 milhões. Isso representa um crescimento significativo se comparado com o mesmo período do ano passado, quando a companhia lucrou apenas R$ 11 milhões. No quarto trimestre de 2009 o resultado havia sido negativo: prejuízo de R$ 365 milhões. O lucro no primeiro trimestre foi impactado positivamente por uma economia de aproximadamente R$ 300 milhões gerada por sinergias entre Oi e BrT, explicou o diretor de finanças e relações com investidores da TNLP, Alex Zornig.
A receita líquida da TNLP ficou praticamente estável na comparação anual entre trimestres: houve queda de 0,3%, baixando para R$ 7,46 bilhões. Em compensação, o Ebitda subiu 6,5%, alcançando R$ 2,53 bilhões, o que representa margem de 33,9%, 2.2 pontos percentuais acima daquela registrada no primeiro trimestre de 2009.
O faturamento com telefonia fixa caiu 1% em um ano, baixando de R$ 8,93 bilhões para R$ 8,84 bilhões. Dentro desse segmento, a maior queda percentual foi na receita com telefones públicos, que diminuiu 33,7% na comparação com o mesmo período de 2009. Em números absolutos, a maior redução foi na receita das chamadas de fixo para móvel (VC1), que foi R$ 131 milhões menor, o que representou uma queda de 11,4%. Em compensação, a receita com dados manteve a tendência de alta: cresceu 9,5%, passando de R$ 2,08 bilhões para R$ 2,28 bilhões.
Enquanto a receita com telefonia fixa cai, o faturamento com telefonia móvel sobe. Entre janeiro e março deste ano, a Oi registrou uma receita de R$ 2,6 bilhões com telefonia móvel, o que significa um aumento de 14,6% em relação ao mesmo período de 2009. O melhor desempenho foi do segmento de dados e valor adicionado, com crescimento de 45,1%, passando de R$ 233 milhões para R$ 338 milhões.
Entre o fim de dezembro de 2009 e o fim de março de 2010, a dívida líquida da companhia diminuiu R$ 620 milhões, caindo para R$ 21,3 bilhões, montante que representa 2,1 vezes o Ebitda do primeiro trimestre.
O investimento da empresa no primeiro trimestre foi de R$ 372 milhões. Desse total, 42% foi alocado em transmissão de dados e 36%, na expansão da rede móvel. A TNLP mantém sua estimativa de investir entre R$ 3 e R$ 4 bilhões em 2010. Desse montante, 40% será destinado à região 1; 40% à região 2; e 20% ao estado de São Paulo.
Dados operacionais
A base de usuários de telefonia fixa da Oi segue caindo. Ao fim de março, a empresa tinha 21,09 milhões de linhas fixas em serviço: queda de 3,4% em 12 meses. Em compensação, sua base de assinantes fixos com planos alternativos subiu 19,8% no mesmo período, alcançando 13,28 milhões. São classificados como alternativos pela empresa os Planos de Minutos, Plano Economia, Digitronco, PABX Virtual, dentre outros. A receita média mensal por usuário (ARPU) na telefonia fixa caiu de R$ 58,7 para R$ 55,5 na comparação anual entre trimestres.
A base de clientes de banda larga fixa da Oi aumentou 8,3% em 12 meses, atingindo a marca de 4,27 milhões ao fim de março deste ano. Isso representa 20% das linhas em serviço da companhia. O Arpu dos clientes de banda larga fixa foi de R$ 42,1 no primeiro trimestre: 5,5% menor que no mesmo período de 2009.
O número de assinantes de telefonia móvel da Oi subiu 15% em um ano. Ao fim de março, a empresa tinha 36,61 milhões de usuários, dos quais 30,66 milhões eram pré-pagos. A Oi encerrou o trimestre com 20,4% de market share no Brasil em telefonia celular. A base de clientes 3G da operadora ao fim do trimestre era de 488 mil: 161% maior que um ano antes. O Arpu da Oi no primeiro trimestre foi de R$ 21,8, valor 3,3% superior àquele verificado no mesmo período de 2009.
O serviço de TV por assinatura do grupo encerrou o trimestre com 283 mil assinantes. Um ano antes, eram apenas 61 mil usuários.

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