Nova série do Star+, "A Superfantástica História do Balão" narra trajetória e analisa legado da banda infantil dos anos 80 

Integrantes do Balão Mágico se reúnem em série inédita original do Star+ (Foto: Divulgação)

A nova série documental "A Superfantástica História do Balão" estreou na última quarta, 12, com exclusividade no Star+. A produção relembra a banda infantil Balão Mágico, formada nos anos 80 por quatro crianças. Depois de mais de uma década, Simony, Tob, Mike e Jairzinho se reúnem para relembrar suas infâncias como membros do Balão Mágico, viajando pelos altos e baixos do show business dos anos 1980 no Brasil. Da origem familiar à explosão da banda, eles recordam os ginásios lotados, os discos emblemáticos e as responsabilidades da fama.

Com imagens de arquivo inéditas, a série conta com entrevistas exclusivas de Lázaro Ramos, Fábio Jr., Raul Gil, Rita Cadillac, Gretchen, Baby do Brasil, Pepeu Gomes, Luciana Mello, Simoninha, Pedro Camargo Mariano e Ticiane Pinheiro, entre outras personalidades.

Com direção geral de Tatiana Issa ("Pacto Brutal: O Assassinato de Daniela Perez"), que divide showrunning com Guto Barra ("Pacto Brutal: O Assassinato de Daniela Perez"), a série é realizada pela Intro Pictures e Producing Partners. O roteiro é de Fernando Ceylão e Beatriz Monteiro. Assista ao trailer: 

"Estamos registrando uma história muito importante. Como documentaristas, queremos sempre contar histórias que de alguma maneira foram impactantes na nossa sociedade e que não podem ser esquecidas. Os integrantes do Balão imediatamente amaram a proposta da série, porque já havia há muito tempo esse desejo de ter a história deles contada. Para quem viveu nos anos 80, representa muita coisa", contou a diretora Tatiana Issa em entrevista para TELA VIVA. 

"Foi tudo bem misturado. A gente como fãs e profissionais, tietando enquanto entrevistava. Cada um deles tem uma jornada. Eles foram apresentados a um sucesso muito estrondoso, fora do normal. Isso fica muito claro. Eles não tinham noção da dimensão, grandiosidade e virada de chave que representaram. Vimos um orgulho muito grande no jeito que eles se tratam, tratam essa história. São histórias muito bonitas de uma década inteira, e que perduraram", completou a diretora de cena Paula Buarque. 

Registro de uma era 

Tatiana afirma que contar a história do Balão Mágico é também uma forma de retratar o Brasil da época, que era bem diferente dos dias atuais. "Há coisas na série que as pessoas olham e pensam 'nossa, que loucura'. Mas é importante deixar claro que isso não era um 'privilégio' só do Balão. Não é que essas crianças sofriam loucuras de horas insanas de trabalho. Não eram coisas que aconteciam especificamente com eles. Era a sociedade daquele momento. Hoje, a gente tem um entendimento diferente sobre tudo enquanto sociedade. O Balão, assim como todo mundo, vivia a realidade do Brasil dos anos 80. Eles não sofreram maldades, maus tratos, nada disso. Era um reflexo da sociedade. Hoje, conseguimos – inclusive eles – falar de maneira mais madura sobre tudo isso", pontua. 

Para ela, o grande desafio – e que é comum a todo projeto documental – foi selecionar, diante de um vasto material, o que entraria de fato para os três episódios da série. "Sempre tem muito mais material, é uma luta cortar e fazer essas escolhas. Mas nosso protagonista era o grupo e sua história. Contamos um pouco da trajetória dos quatro ao longo da vida – antes, durante e depois do Balão – e chegamos nessa história que reflete um pouco a história do Brasil na época, pós-ditadura, com uma euforia de liberdade. Tínhamos também uma grande preocupação com as novas gerações. A ideia era que ele não ficasse uma coisa saudosista para quem viveu, mas sim um retrato do que era o Balão e os legados que ele deixou na música, na TV e no comportamento da sociedade, para além do saudosismo", explicou. 

Sem brechas para polêmicas 

Tatiana reforça que a série, com as falas dos integrantes do grupo e de personalidades que acompanharam esse sucesso de perto, não deixam espaço para polêmica: "Tudo o que podemos questionar hoje já foi em grande parte compreendido e transformado. O debate sobre a sociedade é válido, e acredito que já caminhamos muito nesse sentido. A imprensa naquela época rodeava mais as polêmicas, e isso também evoluiu. Claro que ainda temos muito para caminhar, mas estamos avançando para não cair nesse ciclo raso e buscar entender as histórias com mais profundidade. A história do Balão é bonita. Claro que tem altos e baixos, como toda história de vida tem. Eles viveram tudo isso na enésima potência, mas são seres humanos antes de tudo". 

Por fim, a diretora diz que espera que a série fique como um registro do legado que o grupo deixou: "Era uma produção exemplar – e pouca gente fala disso. É interessante ver o quão rico era musicalmente. A quantidade de nome de peso que cantaram com eles – como Roberto Carlos, Erasmo, Fábio Jr. e Djavan. O legado musical é imenso. E para a TV também. Ali, começaram a aprender como fazer televisão para o público infantil. A partir do Balão, a sociedade passou a entender a criança com outro olhar". 

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