MPA realiza em Brasília exibição "Top Gun" com todos os recursos de acessibilidade

Surdos e cegos acompanham exibição de Top Gun com recursos de acessibilidade em evento da MPAA

A partir de janeiro de 2023, os cinemas de todo o Brasil deverão passar a exibir filmes com recursos de acessibilidade. Ainda que traga desafios técnicos e operacionais  relevantes para exibidores e estúdios, a acessibilidade é também a oportunidade de incluir milhares de cidadãos no universo de consumidores de conteúdo audiovisual.

Nesta terça, dia 13, a MPA (Motion Pictures Association of America, que representa os grandes estúdios internacionais de cinema) realizou em Brasília, em parceria com a Paramount Pictures, a exibição do filme Top Gun: Maverick com todos os recursos de acessibilidade para um conjunto de 40 pessoas cegas ou surdas, a maior parte de escolas públicas do Distrito Federal que nunca tinham tido a oportunidade de acompanhar uma exibição do gênero.

Os recursos de audiodescrição para cegos, e legendagem com interpretação simultânea em Libras para surdos, ficaram disponíveis por meio de dispositivos da empresa brasileira Riole, que desenvolveu a tecnologia, hoje reconhecida e aprovada pelos estúdios associados à MPA. Já os conteúdos de legendagem, audiodescrição e interpretação em libras fazem parte das cópias distribuídas no mercado nacional, inclusive por obrigação legal.

Para Andressa Pappas, gerente geral e diretora de relações governamentais para o Brasil da MPA, mais do que uma demonstração do potencial e da importância da tecnologia, a ação teve um componente de aproximar o público com deficiência do cinema. "Para nós é uma alegria imensa poder oferecer a pessoas surdas e cegas a oportunidade de ir ao cinema. A maioria nunca tinha ido! O mais importante é que eles tenham a melhor experiência de suas vidas."

O evento contou com a presença de autoridades, como o secretário nacional nacional de pessoas com deficiência, Cláudio Panoeiro; a secretária de educação do Distrito Federal, Hélvia Paranaguá; a subsecretária de educação inclusiva do DF, Vera Barros, além de representantes da indústria audiovisual.

Os filmes distribuídos no Brasil estão, desde 2017, 100% adaptados com os recursos necessários. A legislação que obriga a inclusão de recursos de acessibilidade vem desde 2015, com ajustes em 2016 e um longo prazo para vigência plena, que se encerra em janeiro de 2023.

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