CNN e ABC juntas: qual o futuro dos canais de notícia

Por quase 25 anos a CNN tem brincado com a idéia de unir o seu serviços de notícias 24 horas com uma grande rede de TV aberta. E aparentemente esse é o melhor momento para que essa união aconteça. Provavelmente com a ABC.
Combinando suas operações, CNN e ABC conseguiriam economizar cerca de US$ 100 milhões, segundo algumas estimativas. Para quem está envolvido em uma feroz competição pela audiência com suas duas principais concorrentes, como é o caso da ABC, tal economia pode ser de grande ajuda. E para a CNN, ter sua imagem promovida nos serviços abertos da ABC ajudaria muito na competição com a Fox, que desde o ano passado está na liderança de audiência com o seu Fox News.
Uma fusão levantaria muitas questões sobre o futuro dos serviços de notícias na TV. A primeira é se realmente há necessidade de mais do que a meia hora que cada uma das redes abertas dedica ao noticiário todas as noites. Por décadas, esse horário foi a jóia da coroa do grandes broadcasters, mas depois que as redes pagas passaram a ocupar esse nicho 24 horas por dia, parece não fazer mais sentido dedicar uma grande estrutura de captação de notícias para produzir apenas 30 minutos, cinco dias por semana.
Do lado da TV paga, a questão é inversa: existe mesmo espaço para 24 horas de notícias? E para tanto canais? Além do Fox News e da CNN, há ainda a MSNBC e a CNBC, que já podem contar com as vantagens da sinergia com a rede de TV aberta NBC.
Michael Eisner, chairman da Disney, controladora da ABC, estima que as chances de uma fusão com a CNN sejam de 50%. Mas mesmo que essa fusão específica não aconteça, as duas empresas devem seguir buscando alternativas de melhorar seus modelos de negócios.

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