O Cinema do Brasil – programa de promoção e internacionalização do cinema nacional – encerra o ciclo de eventos internacionais com três associados premiados no Ventana Sur – um dos mais importantes eventos do mercado audiovisual da América Latina. Em parceria com a Organização de Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI) e apoio da Embaixada do Brasil, na Argentina, o saldo para a delegação a médio prazo deve ser promissor.
"Betânia", da Salvatore Filmes (São Paulo), foi o mais premiado. Da Sofia Films, ganhou correção de cor e finalização, além de um supervisor de efeitos visuais para acompanhar o projeto. Da NMF Y Color Frente, DCP do filme. E da Mercosul Recam, apoio de USD $500 para a pós-produção do filme selecionado. "Amigos", da Barry Company (São Paulo), conseguiu credenciamento e seleção oficial para participar do MIFA 2023, maior mercado de animação do mundo. E "Um Casamento", da Abrolhos Filmes (São Paulo), faturou o prêmio GENERO-DAC (Diretores Argentinos Cinematográficos), com workshop de consultoria de distribuição e exibição para o projeto vencedor do Seminário CEP/DAC 2023 "EGA – Espacio de Gestión Audiovisual".
Além destes reconhecimentos e motivações, o evento foi essencial para criar oportunidade de networking, como no SP Day. "Foi superlegal a apresentação que fizemos para a Patagonia Filmes, que é um grupo de empresas privadas que querem incentivar as filmagens no local, com 30 produtores assistindo", ressalta André Sturm, Presidente do Cinema do Brasil. Um fato que despertou interesse nos produtores brasileiros é que este grupo de empresas quer ser a film commission mais sustentável, e para isso seguem o modelo do Canadá, que evita o uso de coisas descartáveis, por exemplo.
A aproximação com a Embaixada do Brasil na Argentina, na agenda paralela, foi relevante em termos de relacionamento. "Unimos a delegação do Cinema do Brasil com cerca de 40 pessoas, produtores argentinos e pessoas institucionais importantes, como do INCAA, Instituto Nacional de Cinema e Artes Audiovisuais", conta Adriane Freitag, gerente do Cinema do Brasil. A ideia é ter mais filmes brasileiros nas mostras da Argentina e ter mais coproduções. "Brasil e Argentina têm um lindo histórico de coproduções, que queremos sempre incentivar! Unir nossa expertise, reconhecida em todo o mundo, só fortalece o nosso cinema! Aliás, esta é uma forte tendência do Brasil com diversos países vizinhos. Diria que este foi o primeiro passo", aponta.
"Queremos construir algo mais concreto entre Cinema do Brasil e Itamaraty, inclusive aproveitando que em 2023 completará 200 anos da embaixada do Brasil na Argentina. E estreitar relacionamento com as demais embaixadas do Brasil ao redor do mundo, porque são peça fundamental na presença da cultura brasileira em outros países", antecipa a gerente. "Também queremos retomar algumas parcerias para termos um planejamento anual com antecedência e conseguirmos organizar melhor as ações", finaliza Sturm.
(Foto: VGCOM_Cinema do Brasil_ Ventana Sur)
