O PFL está extremamente reservado em relação aos nomes que indicará para as comissões a que tem direito. A principal delas é a Comicão de Ciência, Tecnologia e Comunicação da Câmara (CCTCI), a principal comissão temática para o setor de comunicação. O líder da partido, deputado Rodrigo Maia (PFL/RJ), proibiu comentários dos assessores ?para evitar o aumento das rusgas?. A decisão será tomada pelo próprio líder apenas momentos antes da abertura da sessão de instalação das reuniões que elegerão as mesas das comissões na manhã desta quarta, 15. ?Quando a disputa é muito grande, isso acaba acontecendo?, diz uma fonte. De qualquer forma, e mesmo com as proibições do líder do PFL, dois nomes estão sendo cogitados. São eles: José Rocha (PFL/BA) e Robson Tuma (PFL/SP). Outro que corre por fora é Vic Pires Franco (PFL/PA), este com menores chances. Vale lembrar que o mandato deste novo presidente será mais curto, de apenas três meses, já que na prática o Congresso pára no segundo semestre.
José Rocha
Em seu terceiro mandato como deputado federal, o médico baiano é ligado ao senador Antônio Carlos Magalhães. Não por acaso, foi um dos deputados que mais se envolveu na questão da briga entre fundos e pensão e Opportunity pelo controle da Brasil Telecom, pendendo sempre para o lado de Daniel Dantas. Ele foi membro titular da CCTCI de 2003 a 2005. Pelo menos no último ano, suas proposições (requerimentos de informação ou solicitações de audiência pública) acompanharam os fatos divulgados pela imprensa, como o debate sobre a venda do controle da Embratel e a participação dos fundos de pensão no capital de empresas de telecomunicações. O deputado é o que se costuma denominar membro da ?tropa de choque? na defesa dos interesses de seu partido e aliados, e talvez seja este o seu maior cacife em relação à personalidade do deputado Robson Tuma, mais afeito às negociações de bastidores do que às manifestações de plenário. Em plena campanha pela indicação, o deputado almoçou nesta terça com líder Rodrigo Maia.
Robson Tuma
Cumprindo seu quarto mandato de deputado federal, filho do senador Romeu Tuma, o deputado foi suplente na Comissão de Ciência e Tecnologia em algumas sessões legislativas, inclusive em 2005. No período em que pertenceu à comissão ele não se destacou na apresentação de propostas nem em debates sobre os temas ali tratados. Em sua campanha para a indicação do PFL, Tuma tem se valido do fato de ter sido indicado pela Câmara dos Deputados para o Conselho Consultivo da Anatel. No conselho, seu mandato encerrou-se no dia 16 de fevereiro deste ano. De acordo com um de seus colegas conselheiros, a atuação do deputado no Conselho foi nula: ?ele nunca ficava mais que meia hora na reunião e sempre tinha uma coisa mais importante para fazer em outro lugar?.
