Presidente da Claro diz que participação da Oi no PNBL traz risco de monopólio

O presidente da Claro, João Cox, fez nesta quarta, 14, duras críticas à iniciativa da Oi de se colocar como possível provedor de acesso para o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL). "Desde o ano passado, fomos os primeiros a apoiar o plano, inclusive com a presença do Estado na gestão da infraestrutura. E ainda apoiamos essa proposta. Estamos com a mesma coerência de antes. Já a Oi foi a primeira a bater no PNBL e agora vem se colocar como principal parceira do governo? Onde está a coerência?", questionou Cox. Para ele, o importante é que o PNBL aconteça, desde que haja simetria, condições equânimes de acesso à capacidade para competição.
"Como uma empresa privada vai ter o monopólio de um serviço público? Um bem público não pode ser especulado. Se há fibra disponível, que se coloque um preço de mercado e quem for mais competente e eficiente levará vantagem. É preciso competência, e não gestão de favores", declarou o presidente da Claro.
Cox, entretanto, desconversou ao ser questionado se a operadora tomaria alguma atitude prática contrária à proposta da Oi. "Isso tem que ser discutido é com a sociedade, que é a maior interessada. Pode até existir quem seja a favor do monopólio, mas eu não acredito que a sociedade queira um monopólio."
Para o presidente da Claro, é preciso que haja uma discussão séria e aprofundada com a sociedade sobre o PNBL. "Falar de preços e não da carga de imposto que chega a 42% do preço da banda larga é não querer se aprofundar no assunto. E não estamos falando de tirar do Estado uma receita que ele já conta nos orçamentos. Estamos falando de uma receita que ele abriria mão e que ainda não veio porque o serviço ainda não foi lançado. Não podemos abdicar da expansão da banda larga".

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