Telecom Italia confirma ideia de aliança com GVT, mas proposta não foi finalizada

Em resposta às diversas matérias reportando o encontro em Paris na quarta-feira, 13, de seu CEO, Marco Patuano, com o chairman da Vivendi, Vincent Bolloré, para a entrega de uma proposta de aliança industrial entre suas subsidiárias brasileiras TIM Brasil e GVT, a Telecom Italia confirmou o andamento das negociações para apresentação de tal proposta.

Em comunicado ao mercado, a holding italiana confirma que está dando prosseguimento a uma "revisão detalhada para determinar a possibilidade de submeter uma oferta à Vivendi (controladora da GVT) para criar uma aliança industrial que incluiria a integração dos negócios brasileiros de ambos os grupos". A TIM Participações, em resposta a questionamento da CMV, replicou o comunicado da Telecom Italia no mercado brasileiro.

Apesar de reconhecer a negociação, a Telecom Italia diz que nenhuma oferta foi finalizada ainda. "Nenhuma oferta foi finalizada ou feita (efetivamente à Vivendi) e qualquer decisão para dar prosseguimento a tal combinação de negócios estaria sujeita à aprovação dos acionistas da Telecom Italia e TIM Participações, que ainda não foram convocados".

Uma oferta da Telecom Italia para fusão dos negócios da GVT e da TIM no Brasil deverá ser finalizada em breve, porque precisa estar na mesa do corpo de diretores da Vivendi a tempo de sua reunião do dia 28 de agosto, que além de aprovar as contas do segundo trimestre, deverá avaliar a proposta de 6,7 bilhões de euros (R$ 20,1 bilhões) feita pela Telefónica para a fusãoo da Telefônica/Vivo com a TIM. A proposta da Telefónica prevê o pagamento de R$ 12 bilhões em dinheiro, mais 12% da joint-venture resultante da combinação das duas empresas no Brasil e ainda a opção de transferência de 8,3% das ações de controle da Telecom Italia que passará a deter com a conclusão da dissolução da Telco.

As alternativas para a Telecom Italia incluem o repasse da Telecom Italia à Vivendi de parte de suas ações de controle. Isso significaria uma atuação conjunta não apenas no Brasil, mas também a possibilidade de oferta de serviços quad-play na Itália, com a distribuição dos conteúdos da Vivendi concentrados na Canal Plus, o braço de TV por assinatura da francesa, e talvez também no Brasil . A Telecom Italia estaria também preparada para fazer uma oferta similar à da Telefónica, que inclua dinheiro, através de um aumento de capital (da TIM Brasil, que tem boa margem para alavancagem no mercado) mais ações da joint-venture entre TIM e GVT.

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