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Já no ar, plataforma de streaming Inff.Online oferecerá mostras gratuitas ao público brasileiro

Pela primeira vez um festival de cinema, o Inffinito Film Festival, vai exibir mais de 100 produções brasileiras nos Estados Unidos, em todo o território americano, de Porto Rico ao Alasca. A programação online reúne longas de ficção e documentários produzidos e lançados em 2019/2020, curtas-metragens, mostras de filmes de realizadores indígenas, vencedores dos festivais passados e de diretores negros ou que tenham relevância em sua temática para potencializar a presença do negro no cinema brasileiro.

Este ano, por conta da pandemia do Covid-19, a Inffinito vai inovar apresentando online todas as suas mostras por meio da plataforma de streaming Inff.Online. Criado exclusivamente pela produtora, o serviço disponibilizará a partir de novembro, depois do festival, um catálogo de filmes brasileiros via VoD, além de outros mostras temáticas e uma curadoria diversificada.

“Quando começou a pandemia, a Inffinito estava pronta para realizar presencialmente os festivais previstos, que seriam os de Miami e Nova York, programados para junho e setembro”, relembra Adriana L. Dutra, sócia da Inffinito ao lado de Claudia Dutra e Viviane Spinelli, em entrevista exclusiva para TELA VIVA. “Mas pensamos rápido. Já tínhamos um projeto – aliás, um sonho – de realizar uma plataforma de streaming. A gente reconhecia uma demanda no mercado internacional para a criação de uma plataforma de streaming para disponibilizar conteúdo brasileiro e latino para o mercado americano. Esse sonho já existia e decidimos colocá-lo em prática. Negociamos com os nossos patrocinadores e todos eles aceitaram a criação da plataforma”, acrescenta. Na última segunda, 14 de setembro, a Inff.Online entrou oficialmente no ar.


As sócias Adriana, Viviane e Cláudia

O Festival online termina no dia 25 de outubro. Aí, em novembro, será disponibilizado um catálogo de filmes brasileiros, documentários e séries de TV, entre outros conteúdos, que poderão ser acessados pelo mercado americano, de Porto Rico ao Alasca. O material poderá ser consumido a partir de uma conta na plataforma, cuja mensalidade será de três dólares, ou então pelo modelo transacional, com a compra de conteúdos de forma individual. Nesse caso, o valor de cada título será de, em média, três dólares também. “Temos um diferencial nessa plataforma que será uma espécie de avaliação ao final de cada exibição, com a possibilidade de fazer uma doação para os produtores”, ressalta Dutra. A ideia, segundo ela, é subir 20 títulos novos a cada mês. Em paralelo, a plataforma vai funcionar em dois territórios – no modelo americano, explicado acima, e no brasileiro, onde promoverá mostras gratuitas, com filmes e temas específicos, sob a curadoria do trio de sócias. Aqui, o modelo de monetização contemplará doação, patrocínio e publicidade.

Para o futuro, Dutra enxerga os festivais apostando em definitivo nos modelos híbridos, isto é, com eventos presenciais e ações online combinadas. A decisão, pelo menos para ela, veio da boa experiência com mostras virtuais que fizeram já no período de quarentena – “Domingos de Oliveira” e “Mulheres do Audiovisual” – que duraram dois meses, exibiram uma média de 60 filmes e conquistaram um público de aproximadamente 50 mil pessoas. “É um número muito grande que a gente acaba atingindo por meio dessa demanda virtual, por isso acho que daqui para frente todos vamos fazer festivais híbridos. Não acredito numa volta como era antes. A partir de agora vamos assumir, sim, uma relação virtual com os festivais para além da relação presencial”, aponta.

No entanto, a executiva reforça que uma das preocupações que elas tiveram no processo de construção do festival online foi a de que as pessoas que participassem de forma virtual também pudessem sentir a experiência de um festival presencial. Para isso, as sócias apostam em uma programação composta por sessões com horário marcado seguidas por debates com elenco e direção dos filmes. Festas e premiações virtuais também estão previstas. A agenda encerra com masterclasses com grandes nomes do audiovisual brasileiro, como Tisuka Yamasaki, que dará uma aula sobre direção; Melanie Dimantas, que falará sobre roteiro; e Clélia Bessa, que ensinará conceitos de produção para TV e cinema. As aulas serão disponibilizadas para o público do Brasil e também dos Estados Unidos.

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