Conflitos entre programadores e operadores chegam a ponto crítico

Durante o primeiro dia da Feira e Congresso ABTA 2002 ficou claro que a relação entre programadores e operadores chegou ao pior nível de todos os tempos. A alta do dólar e a proposta de revisão do modelo colocaram os programadores internacionais na defensiva. Eles negociam condições mais adequadas aos tempos atuais, mas querem fazer isso caso a caso, sem debate público e preferencialmente não passando pelas franqueadoras. Por outro lado, ainda que ninguém assuma publicamente, existe uma situação, supostamente temporária, de suspensão de pagamentos dos operadores para programadores. A Globosat, que tocou no assunto por meio do artigo escrito por Alberto Pecegueiro na PAY-TV de outubro ("O capim do burro"), garante que a situação, de sua parte está sob controle. Mas de um modo geral não é o que se ouve nos bastidores. A maior prova disso é que os fundos de produção nacional, que deveriam estar sendo depositados nas contas criadas pelas regras da Ancine, praticamente inexistem, porque os programadores não estão remetendo dinheiro às suas matrizes. E não o estão fazendo porque não recebem dos operadores, que não pagam porque não sabem a que câmbio fazer os pagamentos e nem se devem fazer isso antes ou depois de acertar os passivos. O que se vê são ameaças veladas de corte de sinal por parte do programadores e, por parte dos operadores, ímpetos de suspensão coletiva dos contratos. Nas aparências, entretanto, tudo segue tranqüilo.

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