Em nota conjunta divulgada na tarde desta quinta-feira, 17, as associações de radiodifusores Abert e Abratel destacam que não necessariamente as emissoras de TV precisam manter seus sinais apenas do satélite StarOne D2, da Embratel, depois da migração dos canais abertos que hoje estão na banda C para a banda Ku.
As associações ressaltam que a decisão do Grupo de Acompanhamento da Implantação das Soluções para os Problemas de Interferência (GAISPI), ocorrida na quarta, 16, de fato determinou que o StarOne D2 será o satélite utilizado pela política pública de migração para a banda Ku. Porém, entendem que o grupo resguardou o direito dos radiodifusores de disponibilizarem os sinais de TVRO também em outra posição orbital, utilizando o satélite da IS-32 da Sky, em 43º Oeste.
Segundo o conselheiro da Anatel e presidente do Gaispi, Moisés Moreira, a decisão levou em consideração razões de natureza técnica e econômica, já que dessa forma, os kits de recepção destinados aos beneficiários do Cadastro Único do Governo Federal ficarão apontados apenas para uma posição orbital. Mas aos radiodifusores, dizem Abert e Abratel, Moreira assegurou que "a decisão tomada resguarda a autonomia e o direito dos radiodifusores de buscarem outras empresas satelitais, no modelo de TVRO, para a disponibilização de seus sinais na banda Ku, inclusive na posição orbital 43,1°O [onde está localizado o satélite da Sky], conforme juízo de conveniência e oportunidade na condução de seus negócios".
Essa opção pelo satélite da Sky é otima, pois, muita emissoras regionais transmitem seus sinais nesse satélite, isso acaba beneficiando os usuários que terão acesso a conteúdos locais, principalmente de afiliadas da Globo.