A Tangerina Filmes está gravando a série "Causando na Rua", que mostra ações de coletivos no espaço público. Com direção geral de Tata Amaral, a série conta com diversos diretores convidados, cada um responsável por um episódio. Entre eles estão Maria Farkas, Caru Alves de Souza e Cláudia Priscilla.
Com gravações em locações na cidade de São Paulo até o dia 23 de dezembro, "Causando na Rua" pretende mostrar situações de conflito entre a arte e o espaço público, como o coletivo OPNI com seu projeto "Quadro Negro", que pinta rostos de negros famosos pela cidade.
Segundo a diretora da série e sócia da Tangerina, Tata Amaral, a série será exibida no CinebrasilTV, que tem os direitos para a primeira janela. Além disso, a produtora negocia os direitos para exibição em um canal europeu e a segunda janela no Brasil. A série é financiada com recursos do Fundo Setorial do Audiovisual, através da linha Prodav 2.
Para Tata, a série é um caso típico do perfil de produção que a produtora, que tem ainda a diretora Caru Alves de Souza como sócia, desenvolve. "Estamos aumentando o número de produções para TV e fazemos questão de nos posicionarmos frente a alguns valores éticos, humanos e políticos. Não queremos atuar de maneira fácil em relação ao entretenimento. Não queremos simplesmente uma comédia ou simplesmente um musical. O audiovisual tem potência de profusão de valores", explica a diretora.
Projetos
Além da série em gravação, outras duas estão em desenvolvimento: "De Menor", adaptação do longa-metragem vencedor do Festival do Rio de mesmo nome, e "A Mulher Que Era o General da Casa", baseada no livro homônimo de Paulo Moreira Leite.
Em cinema, a produtora prepara o lançamento de "Trago Comigo", estrelado por Carlos Alberto Riccelli e dirigido por Tata Amaral, para o primeiro semestre de 2016. Outros três projetos estão em desenvolvimento: "Bagdá", de Caru Alves de Souza, uma parceria com a Manjericão Filmes; "Sequestro Relâmpago", de Tata Amaral; e "Vanessa", de Francisco Cesar Filho.
Para "De Menor", a produtora ainda busca um canal parceiro. Já "A Mulher Que Era o General da Casa" tem "um parceiro de TV engatilhado".
Para TV, conta Tata, o Fundo Setorial do Audiovisual tem sido o modelo de financiamento mais viável. "Ele tem a vocação de dar potência ao audiovisual brasileiro. Prevê o surgimento de novos produtores e atuação da TV pública. Prevê o surgimento de novos canais, inclusive regionais. Pela primeira vez na vida a gente tem um projeto para o audiovisual", comemora.
Segundo a diretora e produtora, a Tangerina também deve passar a trabalhar com projetos de outros autores e diretores. "Queremos experimentar a vocação de produtores de projetos de terceiros, não apenas os meus e os da Caru. Poder chamar pessoas com algo parecido. Todo dia conheço projeto interessantíssimos, de pessoas que não eram daquele ambiente do audiovisual de dez anos atrás", explica.