IP ainda não apresentou modelo de negócios satisfatório para grande grupos de mídia

Ninguém duvida que o IP e as novas plataformas terão um papel central no futuro da TV, mas, pelo menos por enquanto, e com exceção dos donos de tais plataformas, como o Google, ninguém no setor de mídia está muito entusiasmado com as mudanças. Segundo o general manager e vice-presidente da DMC, Raymond Lamphen, a tecnologia não é um problema, mas o que fazer com ela ainda é. Para ele, a maioria dos serviços e plataformas não traz um modelo de negócios satisfatório, pelo menos para o tradicional produtor de conteúdo. "A TV linear ainda é o modelo mais valioso no broadcasting", lembrou.

Liz Ross, CEO da australiana Freeview, também apontou que prefere seguir na adoção mais cautelosa das novas tecnologias de distribuição. Ross não vê a possibilidade do IP cobrir o mundo geograficamente. Ela questiona como o broadcast baseado puramente em IP conseguirá atender comunidades pequenas e rurais, onde, segundo ela, a fibra óptica não chega e nem chegará.

Para o Google, no entanto, o IP é que melhor entende hoje as demandas dos espectadores. Head da área de broadcast & entertainment da empresa, Justin Grupta garante que as mudanças são em benefício do consumidor. Para ele, nichos que antes não encontravam espaço na mídia passaram a chegar ao seu público e se tornaram grandes assets até mesmo para as empresas tradicionais do broadcasting. Como exemplo, cita os eSports, que ganharam popularidade no Youtube e hoje são uma modalidade esportiva de grande valor.

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