A Anatel poderá licitar primeiramente a faixa de 450 MHz sem nenhum tipo de vinculação com o 2,5 GHz. Em uma segunda etapa, caso não haja interessados na faixa de 450 MHz, aí sim a Anatel poderá vinculá-la ao 2,5 GHz, que teoricamente desperta muito mais interesse das teles. A informação é do conselheiro João Rezende. Ele deixa claro, entretanto, que o assunto ainda está sendo estudado pela área técnica e precisa se materializar no edital para, aí sim, ser apreciado pelo conselho.
O conselheiro garante que até o dia 30 de abril de 2012, conforme determinação do decreto que aprovou o PGMUIII, as duas faixas serão licitadas. Vale lembrar que as metas de atendimento rural só serão exigíveis quando as concessionárias dispuserem da faixa de 450 MHz.
Alguns setores da indústria são contra a licitação conjunta das duas faixas. A conselheira Emília Ribeiro, na última terça-feira, 18, em São Paulo disse que discorda da ideia de que o 450 MHz seja uma penalidade ou uma desvantagem para as teles. Por esse motivo, ela é favorável de que a licitação do 450 MHz aconteça separadamente, mesmo considerando que só caberia uma operadora por região.
Já a Neotec, associação que representa as empresas de MMDS, também acha que a licitação não deve ser conjunta, mas por outros motivos. Para Carlos André Lins de Albuquerque, presidente da associação, a vinculação poderá desencorajar os interessados no 2,5 GHz de disputarem a faixa. "Se para comprar um apartamento eu tiver que levar também um boi, posso não querer mais o apartamento", compara ele.