Para um ano que entrou para a história como o pior ano de toda a existência da TV paga no Brasil, a Sky registrou um resultado expressivo nos últimos três meses de 2002. Cresceu, segundo os números brutos preliminares (ainda não auditados) 28 mil clientes. É algo que não era registrado desde 2000. Com isso, a operadora fechou o ano passado com 731,5 mil assinantes declarados. Nos primeiros quinze dias do ano, as vendas estão 10% melhores que em 2002 mas ainda inferiores ao ritmo de 2001. A empresa atribui o crescimento não à troca de comando decorrente da gestão da News, mas sim a uma política de contenção do churn com conteúdo adicional da Globo e News Corp. O crescimento também não se dá com maior força, segundo os dados da empresa, sobre assinantes de outras operadoras. São, em geral, novos assinantes.
Na semana passada a Sky divulgou também alguns dados financeiros referentes ao terceiro trimestre do ano. São números antigos mas que permitem um melhor diagnóstico da companhia. Segundo o relatório, o custo de troca dos cardões de habilitação de 700 mil decoders da operadora foi de US$ 10 milhões. Foram vendidos até o terceiro trimestre de 2002 108 mil pacotes do Campeonato Brasileiro, número que chegou a 134 mil até o final do ano. A receita líquida no terceiro trimestre de 2002 foi de US$ 41,7 milhões e o resultado operacional foi de US$ 3,6 milhões positivos.
O resultado não-operacional foi negativo no terceiro trimestre de 2002 em US$ 168 milhões, em sua maior parte por conta do cálculo contábil referente à desvalorização cambial. Com isso, o prejuízo da Sky até o terceiro trimestre de 2002 estava em US$ 172 milhões.
A dívida da companhia em 30 de setembro de 2002 era de US$ 424,4 milhões, sendo metade em título com vencimento de longo prazo, metade referente ao acordo de uso do satélite PanAmSat. Outros US$ 17,5 milhões têm vencimento de curto prazo, para um caixa de US$ 21 milhões.
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