Nova temporada de "Aeroporto – Área Restrita", do Discovery, traz casos inéditos e mudanças impostas pela pandemia 

Discovery e discovery+ estreiam a quarta temporada de "Aeroporto - Área Restrita" (Foto: Divulgação)

Neste sábado, dia 21 de janeiro, às 22h20, o Discovery e o discovery+ estreiam a quarta temporada de "Aeroporto – Área Restrita", série original e coproduzida no Brasil pela Moonshot Pictures que documenta as operações de segurança e inteligência realizadas no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, o maior da América Latina.

As filmagens da nova temporada ocorreram durante o período crítico de retomada do trânsito aéreo de bens e pessoas após a suspensão de voos ocasionada pela pandemia. São 12 episódios inéditos exibidos semanalmente, aos pares e simultaneamente na TV e no streaming. Cada um deles traz registros exclusivos captados nos bastidores do aeroporto, onde a circulação intensa é usada por passageiros que tentam despistar as autoridades.

As câmeras revelam os esforços contínuos e coordenados das equipes formadas por agentes de instituições brasileiras, entre elas a Receita Federal, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), no planejamento e execução de ações que têm por objetivo garantir a segurança nacional por meio da vigilância alfandegária e do combate ao crime em suas diversas formas.

Cena da quarta temporada de "Aeroporto – Área Restrita" (Foto: Divulgação/Discovery)

Impactos da pandemia 

"Foi um desafio retomar a gravação da série. Tivemos que esperar a janela certa para voltar depois da pandemia. Ficamos um tempo aguardando. Além de todas as questões envolvidas com as filmagens em si, o número de voos também foi um problema. Ficamos monitorando os voos diariamente e eles estavam em cerca de 10% do que existia antes. Para nós, seria complicado, pois precisávamos de uma certa garantia que teriam casos acontecendo. Para gravarmos uma temporada, precisamos de três meses, pois leva tempo até conseguirmos as histórias. Afinal, é um doc-reality", disse Adriana Cechetti, Diretora de Produção da Warner Bros. Discovery, em entrevista para TELA VIVA. "A pandemia também trouxe casos novos, como pessoas que tentam entrar ou sair do país sem o teste de Covid ou a carteira de vacinação contra a doença. Outro ponto que mudou foi o mapa do crime. Antes, eles tinham uma relação de rotas que eram as mais 'quentes', isto é, as mais usadas para o tráfico internacional. Com a pandemia e o fechamento de determinadas fronteiras, aumentou o tráfico em rotas nacionais. Antes, a gente quase não cobria voos nacionais, o que já apareceu nesta temporada. Novas rotas apareceram e os criminosos encontraram novas maneiras de burlar a fiscalização", completou. 

Roberto D'Avila, que assina a direção geral da série para a Moonshot Pictures, produtora do programa e criadora do formato, acrescentou: "Tínhamos todos os protocolos necessários para a retomada da produção audiovisual, que são os mesmos para qualquer projeto. Mas no caso desse programa, o mais desafiador foi de fato a anormalidade operacional do aeroporto por um longo período. Mais do que um programa sobre aeroporto, ele é sobre fronteiras. Então mais do que voltar a circulação de pessoas, era importante que voltassem os voos internacionais, justamente por conta das atividades de fronteira, aduana, que são coisas que a gente cobre muito. Os voos voltaram, mas em volume ainda abaixo do anterior à pandemia. Por isso também fizemos a atividade da receita em checagem de voos domésticos desta vez. Em um dos episódios, por exemplo, registramos uma grande apreensão de maconha em um voo doméstico". 

O diretor ainda comentou sobre a importância de que o tema da pandemia – com casos de pessoas sem teste de Covid e comprovante de vacina, por exemplo – não fosse onipresente na nova leva de episódios. "Tentamos não poluir o programa demasiadamente com isso para não deixá-lo datado. É claro que são questões que aparecem. No começo da gravação especialmente, esse assunto era muito presente, então tivemos que tomar esse cuidado. Acho que o tema aparece em dois ou três episódios", pontuou. 

A gravação da nova temporada ocorreu entre os meses de março e junho de 2022. 

Produção e montagem de episódios 

Nesse sentido, Adriana contou que a equipe de produção busca fazer um "balanço" entre todas as histórias filmadas durante a temporada, para que não apareçam muitos casos semelhantes em um mesmo episódio. "Fazemos o que chamamos de 'varal de histórias'. Fazemos essa divisão ao longo da temporada. A cada episódio, temos umas três ou quatro histórias. Por isso precisa de um volume grande de ocorrências para preencher tudo. No dia a dia de gravação, há dias em que não acontece nada, e outros que são bem cheios. Às vezes, a equipe precisa se dividir também, quando existem possíveis ações acontecendo em diferentes lugares do aeroporto. É um projeto muito dinâmico. É reality na veia mesmo", brincou a executiva. 

"O caminho das histórias que mostramos também é um ponto importante", abordou D'Avila. "Diferente dos outros programas gravados nos aeroportos, nós seguimos a inteligência e o procedimento das equipes que trabalham lá. O que fazemos não é jornalismo policial, retratando apenas a ocorrência. Buscamos construir uma trilha de suspense mesmo, seguindo os passos que levaram os agentes até determinada pessoa. Isso também torna as histórias bem diferentes entre si". 

Temporadas anteriores de "Aeroporto – Área Restrita" incluiram episódios gravados nos aeroportos de outros estados do país, como Rio de Janeiro e Minas Gerais. Desta vez, por conta dessa volta ainda tímida do fluxo de voos, a produção decidiu pela filmagem somente no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, por ser o maior da América Latina e, consequentemente, o que registra mais potenciais casos interessantes para a série. "A frequência não estava plena e, mesmo em São Paulo, ainda estávamos com menos acontecimentos. Então focamos aqui para fazer com que a temporada funcionasse. Foi uma decisão acertada e o programa inclusive ficou bastante diverso. Temos muitas coisas inéditas, como contrabando de cabelo, de pau-brasil e até de patas de macaco", adiantou o diretor. "Ainda assim, temos uma pesquisa permanente em outros aeroportos, como do Ceará e de Brasília, por exemplo. Não significa que vamos gravar nesses lugares, mas estamos sempre monitorando", revelou. 

Alcance e distribuição 

A série é multiplataforma: a nova temporada estreia no linear e no streaming simultaneamente e conta ainda com conteúdos exclusivos para o ambiente digital. Além disso, a Record TV adquiriu os direitos de transmissão, o que significa que a TV aberta também entra na lista de janelas onde o programa é exibido. "É um conteúdo que performa bem em todas as janelas. Na TV aberta, na Pay TV, na plataforma, no YouTube. É um programa que fala para vários públicos, de diferentes idades. Nossa ideia é justamente essa: aproveitar todas as plataformas e janelas para expandir o alcance e manter essa audiência com vários públicos. A série está em todas as janelas e circula muito bem por todas elas", concluiu Adriana. 

"Aeroporto – Área Restrita" é uma coprodução entre Warner Bros. Discovery Inc. e Moonshot Pictures. Gustavo Nobrega assina a direção e Roberto D'Avila assina a direção geral para a Moonshot Pictures. Por parte da Warner Bros. Discovery Adriana Cechetti é diretora de produção e Marina Pedral supervisora de produção.

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