Soluções para o defeito técnico no satélite da Sky

A Sky já está analisando possíveis soluções para contornar os defeitos técnicos no seu novo satélite, o PAS-6, responsável pela transmissão do serviço no Brasil. Entre elas está a manutenção em uso do antigo satélite, o PAS-3R. Desta forma, a Sky não deixa de cumprir a sua promessa de aumentar o número de canais. Moyses Pluciennik, CEO da Globocabo, a principal acionista da NetSat, conta que ainda é possível trabalhar com maiores taxas de compressão dos canais, para que se use um número menor de transponders. O lançamento de um novo satélite também é possível, uma vez que a Sky não é obrigada a utilizar apenas seus atuais satélites. Ela tem a exclusividade da posição orbital e, segundo Pluciennik, pode-se lançar até dois novos satélites em menos de um ano. Pluciennik não fixa data para definições, mas se sabe que vai haver uma reunião dos acionistas do Sky no dia 11 de dezembro para definir quais são as melhores opções dentre as muitas que podem ser tomadas para minimizar os problemas decorrentes das falhas técnicas. Segundo Pluciennik, a cobertura restrita ao footprint menor do PAS-3R implica a perda de apenas 10% do mercado que seria totalmente coberto pelo PAS-6. Os problemas no PAS-6 são decorrentes de falhas na alimentação de energia. Pluciennik explica que ainda não se pode prever a vida útil do satélite, uma vez que apenas seis transponders, de um total de 36, estão em uso. Comenta-se que ela possa variar entre cinco e oito anos, ou talvez menos. O serviço brasileiro conta com 12 transponders e os restantes estão direcionados para a Sky Latin America em outros países do continente, onde a empresa ainda não está em operação. No México, onde a Sky já está operando, não é utilizado o PAS-6. Segundo informações de técnicos do mercado, a falha no suprimento de energia acontece porque nove painéis solares estão danificados, o que reduz para 60% a capacidade de captação de energia solar. A falta de energia pode tanto obrigar a diminuir a potência de transmissão dos transponders como reduzir a sua vida útil, caso as placas solares não sejam capazes de recarregar as baterias de satélite com a mesma velocidade em que a energia é gasta. A dificuldade em prever a sua vida útil é decorrente da impossibilidade de se saber, exatamente, quanta energia solar o satélite capta. "A vida útil é imponderável e depende de diversas condições imprevisíveis, como a atividade solar", explica um técnico da área.

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