Echostar anuncia acordo para incorporar satélites da Dish

A EchoStar comunicou ao mercado nesta sexta-feira, 21, um acordo com a subsidiária Dish Networks para receber, a partir de 1º de março deste ano, cinco satélites, os passivos relacionados aos pagamentos para incentivos de órbitas aos fabricantes de alguns desses artefatos, e aproximadamente US$ 11 milhões em dinheiro da empresa de DTH em troca de duas emissões de ações preferenciais "de rastreamento" (Preferred Tracking Stock). Essas ações vão seguir o negócio de ofertas no atacado de serviços residenciais da Hughes Networks, outra empresa do grupo do bilionário Charles Ergen, incluindo certas operações, ativos e passivos relacionados, que em dezembro somavam 635 mil assinantes nos Estados Unidos.

Esses cinco satélites transferidos são o EchoStar, EchoStar I, EchoStar VII, EchoStar X, EchoStar XI e EchoStar XIV, que, segundo a empresa, ainda possuem vida útil de aproximadamente nove anos. Como resultado, a EchoStar passará a deter e alugar uma frota com 17 satélites no total.

Com a transação desta sexta-feira, a EchoStar pretende gerar aproximadamente US$ 145 milhões de receitas incrementais com os novos satélites em 2014. A Dish vai receber Preferred Tracking Stocks que representam 80% do valor econômico da divisão de atacado da Hughes, enquanto a EchoStar vai reter os 20% restantes. A companhia ainda vai continuar a deter todos os ativos associados com a entrega de banda larga satelital, incluindo dos artefatos Spaceway 3 e EchoStar XVII. 

Importante lembrar que a companhia já tem um satélite posicionado para o Brasil (o Echostar XV, que não está entre os transferidos no acordo com a Dish) na posição orbital 45°W, com 32 transponders que cobrem bem o País (com alguma deficiência na região Sul). Em outubro, segundo apurou este noticiário à época, a Hughes havia sinalizado ao governo que planeja ter um satélite com capacidade ainda maior apenas para banda Ku, voltado exclusivamente para TV, outro em banda Ka, para banda larga, e um em banda S, utilizada para transmissões de rádio via satélite. Um acordo com a GVT chegou a ser ensaiado, mas foi desfeito em dezembro do ano passado. A situação da companhia no mercado brasileiro ainda se encontra indefinida.

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