Com chegada de Newton Cannito, Formata expande atuação para dramaturgia

FOTO: LUCIANA SERRA

A Formata, produtora comandada por Daniela Busoli, ex-Fremantle e Endemol, contratou o autor e roteirista Newton Cannito como diretor de criação e desenvolvimento de projetos. Com a chegada do profissional, a produtora recém-lançada expande sua atuação para a dramaturgia.

Sob coordenação de Cannito, a Formata já está desenvolvendo projetos séries para TV paga. Entre eles, uma adaptação do livro Espírito Santo, de Luiz Eduardo Soares (A Elite da Tropa), e uma série policial com protagonismo feminino, também com o autor. Duas séries infanto-juvenis , criadas por Cannito, também estão em desenvolvimento.

Segundo o profissional, a Formata dará ênfase ao processo criativo em seus projetos, garantindo maior autonomia para roteiristas. "Hoje se fala muito do problema de roteiro mas não se fala da questão de roteirista, que não tem poder criativo. Há uma cultura na produção brasileira que não respeita o processo autoral. Tiram crédito, passam para outro terminar o trabalho sem perguntar, destroem o texto e depois dizem que ficou ruim. Claro que fica ruim, não há unidade dramática, coesão", opina.

A estratégia inspira-se em modelos bem-sucedidos em mercados mais maduros, como os Estados Unidos, nos quais o idealizador e criador do projeto tem maior participação no processo produtivo e define sua versão final. "É na verdade a única forma de ter bons resultados no mercado. Se não tiver coesão, unidade dramática, uma história bem roteirizada, não fará sucesso comercial", diz Cannito.

"O roteirista tem que ter a propriedade intelectual. Na medida do possível, é justo que grande parte dessa propriedade seja de quem teve e desenvolveu a ideia. Isso para nós é óbvio e natural", conclui Daniela Busoli, sócia e fundadora da Formata.

Profissional

Cannito foi criador e roteirista-chefe do seriado 9mm: São Paulo, exibido pela Fox. Também foi roteirista da série "Cidade dos Homens" e da telenovela "Poder Paralelo", de Lauro César Muniz. Para cinema escreveu o roteiro de longas-metragens como "Broder", de Jeferson De, e "Quanto vale ou é por quilo?", de Sérgio Bianchi. Dirigiu filmes como "Jesus no Mundo Maravilha".

Doutorado em Cinema pela Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP), atuou como Secretário da do Audiovisual do Ministério da Cultura entre os anos de 2010 e 2012. Cannito também participa do Conselho Consultivo da Associação nacional de Roteiristas, da qual já foi presidente.

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