A operadora de banda larga via satélite Via Sat Brasil contratou para o cargo de CEO Antonio Loss, que já ocupou diversas posições de comando regional na Net Serviços e na Oi. Loss é um dos executivos que participou do desenvolvimento das primeiras operações de TV por assinatura e banda larga no Brasil, primeiro pela Net Sul e depois pela Net, e também participou do projeto de expansão regional da Oi, onde estava até recentemente.
Em entrevista a este noticiário, ele disse que sua missão na nova empresa é trazer a sua experiência de mercado no lançamento de novos produtos, como TV a cabo, banda larga, telefonia e DTH, a um novo posicionamento de marca, produto, gestão e parcerias da Via Sat Brasil. "Ainda estamos trabalhando no que será esse novo produto, mas posso dizer que ele será muito competitivo com o que existe, e ocupará um vasto mercado que hoje não tem opção nenhuma". Segundo ele, que já coordenou atividades em 26 Estados brasileiros, a malha de telecomunicações no Brasil é, em muitas cidades, antiga e pensada em telefonia fixa. "Temos uma tecnologia competitiva e podemos ter um produto que entrega experiência de banda larga de até 18 Mbps em praticamente qualquer lugar".
Ele reconhece que a banda Ka, utilizada pela Via Sat, tem hoje algumas limitações de preço (é mais cara do que as opções de ADSL e cabo, onde estão disponíveis) e de experiência (pratica franquias semelhantes às da banda larga móvel), e que isso deve ser revisto nessa nova fase. Ele diz que com o novo satélite da Eutelsat (Eutelsat 3B o problema da cobertura nacional e da limitação de crescimento deixam de ser um problema. "Mas mesmo no Amazonas, ainda não estamos nem perto da nossa capacidade total", diz ele. Na capacidade contratada da Media Networks no satélite Amazonas 3, a Via Sat Brasil consegue colocar cerca de 100 mil usuários, segundo estimativas da própria empresa, sem comprometer o produto.
Loss aposta que a banda larga por banda Ka tenha potencial de ser a única tecnologia competitiva em cerca de 9 milhões de domicílios. "Participei do lançamento das primeiras operações de cabo, de banda larga por cable modem, de telefonia por VoIP, de start-ups de DTH e de banda larga móvel. A banda Ka tem potencial para brigar nesse mercado", diz ele. Ele ressalta que a Via Sat Brasil manterá uma forte atuação residencial mas também buscará o foco corporativo e projetos governamentais. "É uma operação mais complexa que o DTH e que exige planejamento e presença nacional. Mas para o consumidor é uma tecnologia muito simples e acessível", diz.
Entre suas missões estão, também, buscar novos parceiros e investidores para o negócio, que exige capital intensivo. Hoje a Via Sat Brasil tem como principal acionista a Brastrading.