Regulamentação do tempo de janela sai até maio

Dentro de dois meses a Ancine publicará uma Instrução Normativa determinando um tempo mínimo para que filmes exibidos no País se restrinjam à janela de cinema, antes de serem lançados em vídeo e DVD. ?A Ancine entende que tem base legal para regulamentar a questão, que é um pleito unânime do setor de exibição. Estamos estudando e acredito que dentro de dois meses sairá a instrução?, informou o presidente da Ancine, Gustavo Dahl.
De acordo com Dahl, o prazo de exclusividade para os exibidores será algo entre os 4,5 meses respeitados nos EUA e os seis meses pedidos pelas salas de cinema nacionais. ?Vamos conversar ainda com os distribuidores?, ressaltou o presidente da Ancine.
A iniciativa foi anunciada logo após a assinatura de convênio entre a agência e a Feneec, a Abraplex e a Abracine para o envio automatizado de informações das bilheterias. O estabelecimento de um prazo de exclusividade para a janela de cinema é uma reivindicação antiga dos exibidores. Segundo o presidente da Feneec, Ricardo Difini, há casos de filmes que são lançados em DVD apenas três meses após estrearem nos cinemas brasileiros.

Carteira de estudante

Outro problema enfrentado pelo setor exibidor talvez demore mais tempo para ser resolvido: a profusão de carteiras de estudante, muitas delas falsificadas. Difini sugere que a emissão de carteiras de estudante seja limitada a uma única entidade estudantil e que o desconto seja reduzido para 20%, de forma que o subsídio não precise ser pago pelos demais espectadores. O assunto foge um pouco da esfera de atuação da Ancine. ?O que podemos fazer é botar os exibidores na mesa em contato com as entidades estudantis para conversarem sobre o problema. Mas não queremos acabar com a meia entrada?, disse Dahl.
O presidente da Ancine reconhece que os exibidores também têm razão quando reclamam que precisam cumprir a cota de tela apesar de muitas vezes não receberem cópias de filmes nacionais. ?Sem disponibilidade de filmes não se deveria exigir a cota de tela. É uma questão complexa que está na pauta da Ancine?, comentou o presidente da agência. Para Difini, da Feneec, a cota de tela está super-dimensionada pois faltam filmes.

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