Receita da América Móvil no Brasil cresce 8,5% e soma R$ 8,84 bi no trimestre

As operações brasileiras do grupo América Móvil (AMX) conseguiram manter o ritmo de 8,5% de crescimento em receitas no segundo trimestre do ano na comparação anual entre trimestre, índice também registrado nos resultados financeiros de janeiro a março de 2014. Juntas, Claro, Net e Embratel faturaram R$ 8,84 bilhões entre abril e junho, acumulando receitas de R$ 17,4 bilhões em 2014 – o equivalente a cerca de 26% do faturamento total de 398,1 bilhões de pesos mexicanos nos seis meses do ano registrado pelo grupo, usando como base o câmbio de referência de R$ 0,17 por peso que consta do balanço divulgado pela holding mexicana. A principal operação continua sendo o México, que responde por cerca de 34,5% do faturamento do grupo.

Segundo a AMX, a alta nas receitas no mercado brasileiro foi impulsionada pelos crescimentos de 23,8% nas receitas de dados móveis, de 18,6% na banda larga fixa e de 14,4% em televisão por assinatura. A empresa destacou ainda que, após dois anos apresentando redução nas receitas com voz fixa, o serviço voltou a apresentar crescimento, de 1,2%. Cerca de 68,1% das novas vendas no Brasil são pacotes triple-play, segundo a AMX.

As receitas de serviços móveis chegaram R$ 3 bilhões no trimestre (alta de 6,1% na comparação anual) e a R$ 6 bilhões no acumulado de 2014 (5,9%). Receitas com serviços fixos, que incluem TV, banda larga e telefonia fixa, e ainda outros serviços somaram R$ 5,8 bilhões no trimestre e R$ 11,45 bilhões entre janeiro e junho, altas de 11,3% e 11,1%, respectivamente.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) no segundo trimestre aumentou 18,9% em relação a igual período de 2013, para R$ 2,26 bilhões, e a margem EBITDA subiu 2,2 pontos percentuais (p.p.), para 25,5%. Nos seis meses do ano, o EBITDA ficou em R$ 4,5 bilhões (alta de 17,2%), com margem de 25,8% (1,9 p.p. a mais). O lucro operacional (EBIT), por sua vez, ficou em R$ 460 milhões no trimestre (crescimento de 10,3%) e em R$ 961 milhões no acumulado de 2014 (11,4% a mais). A melhora nos indicadores foi atribuída pela AMX à redução nos gastos com manutenção e no aluguel de linhas com a conclusão de projetos que tiveram impacto nos custos operacionais.

Base

Ao final de junho, a AMX somava 103,3 milhões de acessos no Brasil, incluindo 34,5 milhões de unidades geradoras de receitas (UGRs) fixas, 12,2% a mais que um ano antes. Apenas entre abril e junho foram adicionados 500 mil novos acessos de TV paga, 217 mil novos usuários de banda larga fixa e 189 mil novas linhas de telefone. Já o total de linhas móveis em serviço chegou a 68,8 milhões de usuários, 3,5% a mais que em junho de 2013. A adição de 207 mil novos acessos pós-pagos no segundo trimestre aumentou em 8,1% a base de clientes pós na comparação anual.

Consolidado

As receitas totais da América Móvil cresceram 4% no trimestre, para 202 bilhões de pesos mexicanos (R$ 34,4 bilhões) e 2,7% nos seis meses de 2014, para 398 bilhões de pesos (R$ 67,7 bilhões). O EBITDA cresceu, na mesma base de comparação, 2,4% e 2,1%, para 66,6 bilhões de pesos (R$ 11,3 bilhões) e 398,1 bilhões de pesos (R$ 67,7 bilhões). O lucro operacional, por sua vez, caiu 3,3% no trimestre, para 39,2 bilhões de pesos (R$ 6,7 bilhões), e foi reduzido em 1,6% no acumulado do ano, para 77,9 bilhões de pesos (R$ 13,2 bilhões). O lucro líquido no trimestre teve alta de 32,7%, para 18,8 bilhões de pesos (R$ 3,2 bilhões), mas caiu 20,3% no acumulado do ano, para 32,7 bilhões de pesos (R$ 5,6 bilhões).

O total de acessos móveis do grupo chegou a 266,87 milhões de linhas em serviço, com México respondendo por 71,3 milhões e Brasil, por 68,8 milhões. Já as UGRs fixas totalizaram 71,8 milhões ao fim de junho, com a maior parte (48%) concentrada no Brasil (34,5 milhões) e com o México em segundo, com outras 22,3 milhões de UGRs.

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