A advogada e produtora Debora Ivanov assumiu nesta quinta, 22, seu assento na diretoria colegiada da Ancine, com mandato de quatro anos, na vaga deixada por Vera Zaverucha, que terminou seu mandato. Assim, o órgão volta a funcionar com todas as vagas preenchidas. Fazem parte ainda os diretores Manoel Rangel (diretor-presidente), Rosana Alcântara e Roberto Lima.
Em cerimônia na Cinemateca, em São Paulo, Débora disse que era um desejo antigo do setor audiovisual ter alguém com origem no mercado na diretoria da Ancine. A produtora foi sócia durante cerca de 15 anos da Gullane e teve participação em alguns dos grandes sucessos do cinema nacional no período, como "Carandiru", "O ano em que meus pais saíram de férias", "O lobo atrás da porta" e "Que horas ela volta", entre muitos outros.
Ela ressaltou os avanços do audiovisual brasileiro nos últimos anos, com a expansão da distribuição, a lei da TV por assinatura, a diversidade de gêneros e formatos e o aumento na exportação. Mas reconheceu também grandes desafios, como a travessia da crise econômica, a falta de mão de obra qualificada e os gargalos criados no FSA e nos mecanismos de fomento com o aumento da demanda.
Para a diretora, o momento é de ajustes nos processos (como a Ancine já vem fazendo, por exemplo, com o programa Ancine + Simples), mas também de enfrentamento. "Temos que preservar as conquistas da (lei) 12.485, que ainda sofre resistência. O VOD também é uma nova fronteira de expansão, e precisa ser regulado", disse. "A crise obriga a rever as estratégias, mas o fundamental é mantermos a união", concluiu, perante um público que incluia, além das autoridades como o ministro Juca Ferreira (Cultura), diretores e produtores de cinema e TV.