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Novo documentário de Caco Ciocler faz sua Première Mundial na 45ª Mostra de Cinema de São Paulo

“O Melhor Lugar do Mundo é Agora”, documentário dirigido por Caco Ciocler, faz sua pré-estreia na próxima segunda-feira, dia 25 de outubro, na 45ª Mostra Internacional de São Paulo, na Mostra Brasil. O filme tem a produção de Diane Maia e Caco Ciocler, com as produtoras Maya Filmes e Schfiguer Produções.

Esta é a terceira direção de Caco Ciocler, que fez sua estreia no documentário “Esse Viver Ninguém Me Tira”, que investiga a história de Aracy Moebius de Carvalho, mulher de Guimarães Rosa, que ajudou muitos judeus a emigrarem para o Brasil. Selecionado para as Mostras Competitivas do Festival de Gramado e do Festival do Rio, em 2014, ganhou o prêmio de Melhor Documentário no Festival de Cinema Brasileiro de Los Angeles (LABRFF). 

Ciocler também dirigiu o premiado documentário “Partida” que, após uma extensa carreira em festivais internacionais, estreia em TVoD , exibição no Canal Brasil e em plataformas renomadas como CineSescDigital e na Amazon Prime Video. No exterior, o filme ganhou o 23º Festival de Málaga como melhor documentário internacional e também recebeu o prêmio de Melhor Filme no Porto Post Doc. No Brasil, conquistou quatro prêmios no 14º Fest Aruanda: Prêmio Especial do Júri de Melhor Filme, Melhor Som para Vasco Pimentel, Melhor Atriz para Georgette Fadel e Melhor Montagem para Tiago Marinho.

“O Melhor Lugar do Mundo é Agora” é um filme que se utiliza da própria premissa da atuação, do jogo entre o real e a ficção para imaginar um mundo em que o isolamento tornou a arte impossível e, o artista, inútil. Também se vale das próprias impossibilidades das premissas fundamentais na realização de toda e qualquer obra audiovisual, pelo isolamento imposto pela pandemia, para criar um retrato de uma época onde o próprio cinema é impossível e a arte em geral, extinta. O diretor conversa com atores isolados que improvisam uma vivência de desintoxicação dos longos anos de vida dedicados à farsa na qual foram levados a acreditar, de que o sonho e a fantasia seriam um caminho possível para a transformação do mundo. A insistência cínica na tese da inutilidade da arte, acaba por provar (e provocar) sua antítese, gerando uma costura narrativa de humor, dor, poesia e transformação.

“‘O Melhor Lugar do Mundo é Agora’, assim com meu filme anterior, ‘Partida’, foi uma reação a um trauma. E se naquele caso o trauma fora causado pelas eleições de 2018, agora dizia respeito à pandemia, o isolamento e ao desmonte cultural que condenaram a produção artística ao seu avesso. O discurso com inspirações nazistas do ex-secretário de cultura, sugerindo libertar a arte sei lá de quê, me fizera já pensar em campos de desconcentração, onde os artistas seriam submetidos a exercícios de trabalho forçado de desenvolvimento de sensibilidades, tornando-os seres condenados, para sempre afetados e descolados de uma sociedade voltada à utilidade e aos resultados. Foi essa a premissa que contei aos atores e atrizes convidados, pedindo que criassem a partir dela uma narrativa ficcional, mas calcada em experiências reais. Sem saber como cada um entenderia a provocação, marcamos as entrevistas, onde passei a conhecer e co-criar narrativas num grande exercício de improviso. O jogo tratou da morte do cinema pelo cinema, da morte dos atores por atores em pleno exercício de seus ofícios. O avesso do avesso do avesso!”, reflete Caco Ciocler. 

O filme terá exibição no Espaço Itaú de Cinema – Augusta na segunda, 25 de outubro, às 20h45, e no Circuito Spcine Paulo Emilio – CCSP na terça seguinte, 2 de novembro, às 19h. Também será exibido na plataforma Itaú Cultural Play. 

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