Cine Group inaugura nova fase de produções relacionadas à música

Na próxima segunda-feira, 26 de fevereiro, às 21h, estreia no canal Arte1 uma nova temporada da série "O Tempo e a Música". A produção da Cine Group fala, nessa edição, sobre Noel Rosa.

O lançamento marca uma nova fase da produtora, antes mais voltada a projetos de educação e história, agora envolvida com a música. Além do "Tempo e a Música", será apresentado, ainda neste ano, um documentário sobre jazz com Zuza Homem de Mello no canal Curta!. Para o mesmo canal, a produtora está produzindo ainda uma série com o compositor José Miguel Wisnik e Arthur Nestrovski, o maestro da Osesp, sobre os rumos da música, especialmente no Brasil. Por fim, está prevista a segunda temporada do programa "Poesia e Prosa com Maria Bethânia", atração na qual a cantora interpreta canções inspiradas ou relacionadas a grandes nomes da literatura, como Drummond e Suassuna.

"Houve uma combinação de uma vontade nossa com uma demanda dos canais (por produções voltadas à música). Tínhamos de um desejo de trabalhar com esse tema e, em uma conversa como Arte1, soubemos que eles queriam investir mais em projetos de música. Encontramos o arquivo da Band, que pertence ao mesmo grupo, sobre MPB. Pensamos num formato, 'O Tempo e a Música', e chamamos os produtores musicais Zuza Homem de Mello e João Marcelo Bôscoli para apresentar.", conta Monica Monteiro, CEO da produtora. "Naquele momento, eles quase não tinham conteúdo brasileiro sobre essa tema. 'O Tempo e a Música' une o documentário, especialidade da Cine Group, com a música, assunto que atrai todos públicos.", completa.

Monteiro revela ainda que foi criado, dentro da produtora, um núcleo voltado para esse tema dentro da equipe de conteúdo da empresa. O primeiro projeto da nova equipe foi o "Zuza Homem de Jazz", para o Curta!. A missão agora é desenvolver programas que saiam do escopo de shows ou performances, já comuns em outros canais. "Quando abordamos a história de um artista, mostramos o contexto em que aquelas criações e composições foram feitas. Além de entreter, instigamos o espectador a querer saber mais sobre determinado compositor ou intérprete. Nosso objetivo é que quem assista tenha curiosidade de se aprofundar na obra de ícones da nossa música.", explica a CEO.

Sobre as dificuldades da nova fase, Monteiro afirma: "Os direitos autorais são a parte mais difícil. Além da necessidade de advogados especializados em direitos autorais, um dos desafios é encontrar todos os autores de uma obra, ter autorização deles ou dos herdeiros e adequar os valores ao orçamento, pois não há um padrão nos preços relativos às composições. Isso tem um peso muito grande no orçamento prévio de um projeto.". E ela alerta: "Se houvesse critérios mais claros para a determinação da cobrança de direitos, isso facilitaria muito a vida dos produtores. Assim, poderíamos divulgar ainda mais a nossa música. Isso também dificulta a exportação desses programas. Para exibi-los em outros territórios, temos que refazer a negociação de direitos.".

Por fim, a diretora afirma que o que mais motivou o interesse por trabalhar com música foi o fato de ela ser um tema que sempre teve força para atrair o público no audiovisual. "O brasileiro gosta de música e o mercado percebe cada vez mais isso. Os produtores se aprimoraram, têm desenvolvido projetos mais diversificados e com mais qualidade. Consequentemente, aumentando esse ciclo.", finaliza.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui