Canais querem monetizar com as redes sociais

Os canais de televisão sabem que precisam investir em conteúdo digital e em interação via redes sociais, mas ainda não têm a fórmula para monetizar com estas iniciativas. Em painel no Congresso SET, que acabou nesta quinta, 23, Diego Felice, gerente de novas mídias do SBT, conta que só agora a emissora está montando uma equipe comercial especialmente para trabalhar com o online, que estudará como relacionar a oferta ao offline.

Para Jefferson Padilha, gerente de desenvolvimento de produtos digitais da Band, é preciso trabalhar redes sociais como um caminho sem volta. "O anunciante vê a relevância da sua marca neste contexto. É importante trabalhar mesmo que haja custos", diz o executivo. Para Guilherme Werneck, editor executivo de mídia digital da MTV Brasil, os modelos nestes meios precisam ser novos. "Não dá para fazer anúncio tradicional, mas dá para fazer projetos especiais trabalhando digital e redes sociais. Projetos que envolvam sua marca e a marca do patrocinador", destaca Werneck, lembrando que uma alternativa é prover conteúdo para o patrocinador.

André Terra, da Intacto, empresa de Brasília que trabalha com tecnologia da informação e desenvolve aplicativos para a TV conectada, observou que os investimentos não são em vão, em primeiro lugar porque eles aumentam o buzz da emissora na Internet e isso desperta o interesse dos anunciantes; em segundo porque pode haver reflexos na audiência. Ele mostrou dados da Nielsen nos Estados Unidos que indicam que quando a emissora aumenta os investimentos em ações digitais em 9%, a audiência sobe 1%.

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