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“Cabeça de Nêgo”, longa de estreia de Déo Cardoso, estreia em 21 de outubro

Aclamado pelo público e pela crítica após exibições em festivais, o filme cearense “Cabeça de Nêgo”, com Lucas Limeira, Val Perré e participação especial de Jéssica Ellen, chega às salas de cinema dia 21 de outubro. 

O filme, rodado inteiramente na cidade de Fortaleza, apresenta pautas urgentes como a luta contra o racismo e o fascismo, mobilização estudantil, ação popular direta, consciência coletiva, precarização do sistema de educação e contextos de opressão socioeconômica. 

“Cabeça de Nêgo”, dirigido e roteirizado por Déo Cardoso, é um manifesto contra o racismo e a precariedade do sistema educacional no Brasil. O longa, produzido e distribuído pela Corte Seco Filmes, conta a história de Saulo, que inspirado pela leitura do livro dos ‘Panteras Negras’ tenta impor mudanças em sua escola e acaba entrando em conflito com alguns colegas e professores. Após reagir a um insulto racista, ele é expulso, mas se recusa a deixar as dependências da escola por tempo indeterminado até que a justiça seja feita, dando início a uma grande mobilização coletiva. 

No elenco do filme, além de Lucas Limeira, que vive o protagonista Saulo, estão as atrizes cearenses Nicoly Mota e Larissa Góes, o ator baiano Val Perré e a atriz global e carioca Jéssica Ellen, em participação especial.

A obra examina o universo da escola pública em sua potência de revolução social. A estreia nacional do filme ocorreu na Mostra de Cinema de Tiradentes em 2020, onde foi aplaudido de pé e ovacionado pelo público. Foi o vencedor do Troféu Mucuripe de Melhor Longa da Mostra Olhar do Ceará, eleito pelo júri oficial e foi eleito Melhor Longa-metragem Cearense, pela Associação Cearense de Críticos de Cinema em 2020. O filme também foi exibido em diversos outros festivais, como Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba; Encontro de Cinema Negro Zózimo Bulbul – Brasil, África e Caribe; Mostra Retroexpectativa 2020/2021 do Cinema do Dragão; Festival de Cinema de La Plata (Argentina); San Francisco (EUA), Santa Barbara International Film Festival (EUA), entre outros.

“Desde que comecei no cinema, meu processo criativo é ancorado naquilo que vivenciamos cotidianamente. Meus filmes buscam expressar inquietações, questionamentos e sentimentos que determinados contextos sociais me despertam. Faço filmes para refletir os temas abordados e para compartilhar sensações em relação a eles. Através dos filmes, não busco dar respostas, mas sugerir questionamentos e convidar as pessoas para se divertirem e refletirem comigo. Foi nesse espírito que concebi o projeto ‘Cabeça de Nêgo’. Toda a trajetória artística, que culminou na produção do meu primeiro filme de longa-metragem, foi uma trajetória mais existencialista que cinéfila. Nascer nos Estados Unidos, filho de pai e mãe brasileiros, e transitar desde cedo entre comunidades habitadas por pessoas historicamente oprimidas desses dois países, acabou moldando uma personalidade inquieta e ávida por expressar essa inquietação”, afirma Déo Cardoso, diretor e roteirista de “Cabeça de Nêgo”. 

Engajado politicamente, o projeto cearense se preocupa em construir, no decorrer da história, a consciência social de Saulo ao mostrar o estudante inspirado por ativistas como Angela Davis, Beatriz Nascimento, Lélia Gonzalez, Amílcar Cabral, Abdias do Nascimento, Marielle Franco, Martin Luther King, Carolina de Jesus, Fred Hampton, Malcom X e Nelson Mandela, entre outros. 

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