Embora não seja adepto do conceito de “mercado internacional” adotado pelos americanos, o presidente da NBC Universal International, Jeff Shell, aposta nos países desse mercado para crescer. “O conceito de ‘internacional’ é ridículo. É um termo dos americanos, mas a verdade é que são muitos países diferentes, com características diferentes”, disse durante uma sessão do congresso da Natpe 2012, nesta segunda-feira, 23, em Miami.
Para Shell, é preciso pensar em como crescer internacionalmente, já que atualmente, apenas 8% das receitas da NBC Universal são do mercado internacional, e esses números não acompanham os movimentos econômicos. “Enquanto os Estados Unidos crescem 1%, o Brasil cresce 9%”, exemplificou.
O executivo conta que a NBC Universal tem procurado tratar os negócios internacionais de maneira integrada. “Estamos colocando os negócios juntos. Não queremos que o negócio de vendas seja separado do de publicidade ou do de theatrical. Estamos juntando tudo. E isso vale para nosso time no Brasil também”, disse a esse noticiário.
Ele aposta ainda na chegada de novos formatos estrangeiros ao mercado americano. “Os bons programas não vem apenas dos Estados Unidos. Mesmo que não funcione para este mercado, é possível utilizar o formato”.
No Brasil, onde o Universal Channel é uma joint venture entre a NBC Universal e a Globo, as produções locais não são abundantes – com exceção de alguns programetes, não há programação original. Shell diz que quer ter conteúdo local no canal do Brasil e que espera contar com ajuda da emissora brasileira para pensar em que tipo de conteúdo original poderia estar no canal, e como ele seria financiado. Apesar da parceria, ele diz que a empresa está disposta a trabalhar com os produtores independentes também. "Estamos vendo algumas coisas, mas ainda não achamos os programas corretos", completa.
