Canal Curta! rebate acusações do CinebrasilTV

Em carta a este noticiário, a Synapse, responsável pelo canal Curta!, rebateu as declarações feitas ontem para este noticiário pela diretora do canal CinebrasilTV, Tereza Trautman.
 
Leia a íntegra do comunicado:
 
Repudiamos as declarações da diretora do CinebrasilTV a respeito do canal Curta!, às quais só podemos classificar como equivocadas.
A diretora do CinebrasilTV acusou seriamente o canal Curta! de:
a) Arrivismo
b) Apolitismo
c) De realizar dumping no mercado
Seguem nossas respostas, sobre cada aspecto:
 
a) Arrivismo
Como chamar de 'arrivista' uma empresa (Synapse) que atua há mais de 25 anos nos mercados nacional e internacional (sem nunca depender de recursos públicos ou leis de obrigatoriedade para existir). A Synapse esteve ligada ao mercado de TV por assinatura desde seus primórdios no Brasil, fornecendo os programas de estreia tanto da Globosat como da TVA, do grupo Abril, em 1991.
 
b) Apolitismo
Ainda, com relação a insinuação de que o Curta! não merecia participar da disputa, pois não esteve envolvido na elaboração da lei, temos a dizer que:
– o Curta! é uma iniciativa de Julio Worcman, um dos sócios fundadores da Associação Brasileira de Produtores Independentes de TV (ABPITV), representada ativamente no esforço pela nova Lei 12.485;
– O projeto do Curta! foi rigorosamente diligenciado pela Ancine antes de obter seu credenciamento segundo o parágrafo 5º do Art 17º da mesma Lei;
– A programação do Curta! vem cumprindo rigorosamente as exigências de conteúdo brasileiro independente, e o canal vem sendo aclamado por sua qualidade nas redes sociais como em www.facebook.com/canalcurta .
– Já investimos quase R$ 1 milhão em licenças de conteúdos brasileiros e estamos contratando projetos originais que somarão perto de R$ 18 milhões em orcamentos de produção apoiados pelo FSA/Prodav.
 
c) Dumping no mercado
Quanto ao aspecto em que a diretora do CineBrasilTV afirma, novamente de forma equivocada, que "a cada rodada de negociações com operadoras o Curta! abaixava o seu preço, prejudicando a todos os concorrentes", podemos esclarecer que a informação do nosso lado é exatamente o reverso, muito pelo contrário.
Imaginamos que as operadoras negociaram jogando com contra-informações, dizendo para todos proponentes que um outro CaBEQ (canal brasileiro de espaço qualificado) estava ofertado mais barato, buscando novas reduções. Natural, num ambiente de obrigatoriedade e com concorrência de três ofertantes (Box, Cinebrasil e Curta!).
Na verdade o que circulava no mercado, durante a fase de negociações, é que a CinebrasilTV poderia sempre reduzir sua oferta porque já estava no satélite faz muito tempo, com custos totalmente amortizados, e qualquer centavo a mais de faturamernto representaria lucro… e por isso seguia baixando seus preços, buscando tornar-se a única opção para todos os operadores.
Aparentemente um canal independente ainda por ser lançado não teria chance de se viabilizar economicamente neste cenário.
A guerra de preços, no nosso entendimento, deu-se de fato entre a CinebrasilTV e a BoxBrazil, sendo o Curta! um acessório, com poucas chances de vencer (tanto que os concorrentes nunca nos procuraram para conversar como iguais, nos julgavam irrelevantes).
Realmente chegou um momento quando foi anunciada uma nova redução de preços, em que avisamos aos operadores que estavámos abandonando a disputa, pois a esta altura de nossa história empresarial não precisávamos de um projeto mal financiado, que ficaria com aparência de mal feito.
A partir deste momento, no entanto,  os principais operadores (exceto a Sky) tomaram o rumo da contratação do Curta!, apesar de a Cinebrasil TV prosseguir baixando suas ofertas.
Conclusão: a opção dos operadores pelo Curta! deu-se pelo mérito do projeto, pelo histórico empresarial de seus proponentes e pelo perfil conteudístico apresentado, complementar ao lineup das operadoras.
Infelizmente neste processo o Curta! tambem sofreu: fechou contratos somando apenas 40% do seu orçamento inicialmente projetado, sem recursos para produções próprias e com margem encolhida ao mínimo para poder investir o máximo na contratação de conteúdos prontos e em produções originais com FSA.
Pra finalizar, ironicamente, a CinebrasilTV entrou na única operadora (Sky) com a qual não conseguimos chegar a um acordo de preços, justamente pelo valor baixíssimo oferecido. Se nós é que jogamos os valores pra baixo, por que não fechamos com a Sky?

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