FTC inicia nova investigação sobre práticas do Google

A Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos (FTC, na sigla em inglês) iniciou nova investigação acerca de queixas de rivais do Google que acusam o gigante das buscas de abusar de seu poder no mercado para vender anúncios online, em gráficos e vídeos. Segundo pessoas ligadas ao assunto relataram ao The Wall Street Journal, a FTC está apenas iniciando a investigação, que não necessariamente se formalizará.

O jornal aponta que, há seis anos, o órgão declarou que monitoraria o comportamento do Google no que tange o mercado de publicidade online, por meio do qual a companhia gera quase toda a sua receita, principalmente após adquirir a agência de anúncio na web DoubleClick. Agora, as empresas de anúncio rivais do gigante das buscas reclamam que o Google combinou vários de seus serviços de publicidade de maneira a obrigar que editoras de websites utilizem todos os produtos em vez de ter o poder de escolha entre o portfolio. Contudo, não há nenhuma evidência de que as editoras tenham reclamado do “esquema” para órgãos reguladores.

Um dos rivais alegou ainda que o Google proíbe as editoras que usam o serviço DoubleClick para Editores de usar outras tecnologias de gerenciamento de anúncios que não sejam da própria companhia. Com isso, o gigante das buscas incentiva financeiramente as editoras a utilizarem seu serviço de gerenciamento AdMeld, que ajuda as empresas a decidir como vender seu espaço publicitário. Em alguns casos, o Google estaria até dispensando taxas de alguns de seus serviços se as editoras decidirem utilizá-los no lugar de serviços rivais.

A compra da DoubleClick pelo Google gerou polêmica na época e teve de ser aprovada tanto pela FTC quanto pela Comissão Europeia, que avaliaram se, com a aquisição, o Google usaria sua posição no mercado para impulsionar outros serviços de publicidade próprios, impedindo assim a livre concorrência. Em declaração ao jornal americano, a FTC disse que "os mercados dentro do espaço de publicidade online continuam a evoluir rapidamente, e prever os rumos do seu futuro não é uma tarefa simples". A agência declarou ainda que vai observar de perto estes movimentos e "caso o Google se envolva em condutas ilícitas de subordinação, anticompetitivas ou outra infração, a Comissão pretende agir rapidamente."

O caso vem à tona quatro meses após a FTC encerrar outra investigação antitruste envolvendo o Google. Na União Europeia, contudo, o gigante das buscas ainda negocia modificações em suas ferramentas de busca para se livrar das acusações de práticas anticompetitivas.

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