Programação da Globo Cabo é questão estratégica, diz BNDES

Segundo o presidente do BNDES, Eleazar de Carvalho Filho, as questões que serão objeto de veto por parte do banco na gestão da Globo Cabo serão definidas posteriormente pelo novo acordo de acionistas. Mas Carvalho adianta que decisões estratégicas como aquisição de programação devem fazer parte do novo acordo, uma vez que estas decisões influenciam diretamente o desempenho econômico da empresa por envolver, em muitos casos, gastos em dólar. "A compra de programação tem que ser analisada pelos sócios. Temos que avaliar, por exemplo, se é mais vantajoso comprar programas estrangeiros ou programas nacionais", explicou Carvalho.
Eleazar de Carvalho participou nesta quinta, dia 25, de uma audiência pública com as comissões de Comunicação e de Fiscalização e Controle da Câmara, para dar mais explicações sobre a participação do BNDES na capitalização da Globo Cabo. Os questionamentos dos deputados em torno da operação variaram pouco. As perguntas mais freqüentes foram se o banco deu tratamento privilegiado à Globo Cabo e se este negócio pode atrapalhar futuras negociações com outras empresas do setor. Eleazar de Carvalho garantiu que a operação não vai interferir nos negócios com outras empresas do setor. Ele disse também que o processo de capitalização da Globo Cabo vem sendo estudado desde agosto do ano passado e que a decisão de participar da oferta pública de ações só foi tomada após exaustivas avaliações.
Sobre o fato do BNDES ter realizado um investimento de risco, o presidente do banco explicou que a BNDESPar foi fundada com o objetivo de investir em ações e debêntures e que o risco é parte inerente dos seus negócios.

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