NDS terá pesquisa e desenvolvimento no Brasil

A NDS, desenvolvedora de sistemas de acesso condicional, middleware e software de interatividade para TV quer aumentar sua presença local, inclusive com a criação de uma estrutura de pesquisa, desenvolvimento e suporte no Brasil, disse a este noticiário a vice-presidente sênior e gerente geral da companhia para a Europa, Ásia, Oriente Médio e América Latina, Caroline Le Bigot, que está no país.
Segundo ela, há uma grande preocupação da empresa em ter uma presença maior no mercado latinoamericano, pelo seu crescimento. Ela relata que os outros dois grandes mercados emergentes, China e Índia, também crescem muito rapidamente, mas com ARPUs (receitas médias mensais por usuário) muito baixas, de até US$ 5. Assim, diz ela, mesmo com menos assinantes no total, a América Latina será equivalente em receitas aos mercados chinês e indiano somados.
A empresa abriu há dois anos escritórios em São Paulo, Moscou e Johanesburgo. "Perdemos muito tempo aqui, devíamos ter esta presença local antes, mas agora queremos recuperar", conta. Ela acredita que em breve deve contar com uma equipe de cerca de 50 pessoas no escritório local. Ela não revela qual será o investimento.
Ocupação
A estratégia da NDS é conquistar mercado em dois serviços: acesso condicional (CAS) e plataformas interativas, com o guia interativo Snowflake.
Ela acredita que há espaço para a NDS no mercado de CAS, mesmo em um ambiente já bastante consolidado como o brasileiro. "Nosso diferencial é que nosso sistema nunca foi hackeado", diz, referindo-se a concorrentes que tiveram seus códigos quebrados por piratas. "Não me preocupa que o mercado esteja consolidado. Na Alemanha quase toda a base era de um concorrente nosso, e conseguimos migrar a maioria dos assinantes, pela melhor resposta à pirataria", conta.
Quanto aos serviços avançados de vídeo, ela avalia que há uma oportunidade, pois o mercado está maduro e a oferta de conteúdo é praticamente igual em todos os operadores. "Eles terão que se diferenciar, e isso se dará pelo middleware e pela interface do usuário", diz Caroline. Segundo ela, os produtos de middleware e interface do usuário são independentes do CAS e podem ser aplicados em operações que usem acesso condicional de outros fornecedores também.

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