Em conferência com analistas esta semana, Michael Dugan, presidente da Echostar (acionista da operadora de DTH norte americana DISH), declarou que a empresa está buscando parceiros fortes no Brasil para replicar por aqui o modelo de parceria praticado no México, em que a DISH é aliada do grupo Telmex e à operadora MVS na oferta de TV paga via satélite. Recentemente, vale lembrar, a Hughes Networks System, também pertencente à Echostar, do magnada Charles Ergen, adquiriu duas posições orbitais pagando R$ 180 milhões ao todo. Recentemente, o presidente da Hughes no Brasil, Délio Morais, declarou que a estratégia da empresa passava pela oferta direta de serviços ao assinante. A Hughes já opera, nos EUA, banda larga residencial utilizando a banda Ka, faixa também pleiteada para o Brasil.
Na disputa pelas posições orbitais, a Hughes brigou primeiro com a Sky pela posição 45º Oeste. DISH e DirecTV (controladora da Sky) são competidoras diretas pelo mercado de DTH nos EUA e México, de modo que o lance da Hughes foi entendido como uma forma de atrapalhar a estratégia da Sky. Posteriormente, este noticiário apurou junto a fontes de mercado a possibilidade de que a própria DISH estivesse pavimentando seu caminho para atuar com DTH no Brasil.
A disputa pela outra posição orbital (68,5º Oeste), curiosamente, foi com a StarOne, também controlada pelo grupo Telmex, parceira da Echostar/DISH no México. No Brasil, entre as empresas apontadas por fontes de mercado a uma parceria com a DISH estariam a GVT, que pretende lançar seu serviço de TV paga no começo de 2012, e a TIM, que ainda não tem o serviço. Mas não se descarta a hipótese de que Oi e Telefônica, cujas bases de TV paga ainda são pequenas, também sejam procuradas para conversar.
