Starzplay quer ter equipe local no Brasil e produzir conteúdos originais nacionais

Superna Kalle, vice-presidente executiva internacional da Starzplay, participou do primeiro dia do Brasil Streaming, evento virtual realizado pelas publicações TELETIME e TELA VIVA, falando da experiência da plataforma nos quase dois anos de presença no Brasil e dos planos da mesma para expansão no mercado nacional: "2020 foi um ano muito bom para nós no Brasil. Lançamos muitos programas e notamos um mix de gêneros e séries diferentes fazendo sucesso na região. Brasileiros gostam de séries dramáticas e de conteúdos ousados, e é o que vamos continuar oferecendo para esse público". Entre os conteúdos mais consumidos por aqui, ela destaca as séries "Normal People", "The Act" e "The Stand". 

A Starzplay produz conteúdo local em diversos territórios onde está presente mundo afora – inclusive em países da América Latina. Por isso, investimentos em produção original brasileira estão no horizonte da empresa. "Estamos começando essa jornada. No ano passado, fechamos contratos de duas séries originais da Espanha e duas no México. Vamos continuar evoluindo nesse sentido e ver o que funciona. Já podemos dar sinal verde para séries do Brasil. Temos equipe local em quase todos os lugares, mas no Brasil ainda não. É um plano para esse ano, com certeza é um país que devemos explorar mais. O ano passado nos provou que os brasileiros gostam da Starzplay e fico feliz de dizer que hoje o país está no Top 5 dos nossos maiores mercados. Por isso vamos redobrar nossa atuação aqui", afirmou Kalle. 

A executiva enfatizou ainda que o idioma não será um problema: "Procuramos conteúdos que possam viajar, e o Brasil tem uma história tão rica de produção e criatividade que não me preocupo com a questão da língua. Queremos histórias boas – é isso que faz uma série viajar ou não. 'Normal People', por exemplo, é uma trama sobre jovens irlandeses e viaja bem por diversos países, então não vejo porque uma história que se passe no Brasil não possa trilhar esse mesmo caminho". Para a executiva, a palavra-chave em termos de conteúdo é autenticidade. "Queremos autenticidade no elenco, diretores, produções. Histórias contadas de forma autêntica e não visando apenas funcionar bem", explica. 

Superna Kalle, vice-presidente executiva internacional da Starzplay

Concorrência 

Kalle garante que a plataforma não se vê concorrendo com as gigantes do streaming, como Netflix ou Disney, por exemplo: "Somos um complemento – o público pode ter dois a três serviços em casa. Somos mais focados no drama, então temos nosso diferencial. E nosso preço está de acordo, não força a pessoa a escolher um serviço ou outro. Dá para compor seu próprio pacote de opções porque os preços não são altos". No Brasil, a assinatura mensal da Starzplay custa R$14,90 atualmente. 

Outra questão importante é que a Starzplay é uma plataforma independente. "Essa é a parte boa", diz Kalle, "porque não temos escassez de conteúdo. Nossa biblioteca é enorme. Além disso, a independência ajuda a ter certa agilidade. Somos flexíveis na forma de trabalho, não temos inúmeras levas de discussão. Podemos correr atrás do que está quente. Quando vemos que uma série está performando bem, por exemplo, conseguimos rapidamente investir no marketing para ela". 

Além de ter um aplicativo próprio, a Starzplay também é distribuída por terceiros – a plataforma é um dos "channels" da Amazon, por exemplo. "Hoje em dia trabalhamos com um equilíbrio bom e saudável entre distribuição por terceiros e nosso próprio app no Brasil. Dividimos a renda e agregamos valor às plataformas dos outros, trazemos pessoas para dentro delas", pontua Kalle. 

Futuro

Por fim, a executiva reflete sobre o mercado do streaming no pós-pandemia, uma vez que ele cresceu bastante em decorrência das recomendações de isolamento social: "No começo da pandemia, aplicamos uma redução dos preços como um presente para o público, além de aumentarmos as ofertas de conteúdos. Entendemos que as pessoas passaram a ficar em casa, então fizemos o possível para mantê-las ocupadas e entretidas. A demanda de conteúdo nunca foi tão alta e, mesmo saindo do cenário da pandemia, achamos que as pessoas vão manter suas assinaturas. Nos países onde a situação já melhorou, a demanda segue crescendo. No Brasil, os números continuam subindo. Então continuaremos usando dados para refinar cada vez mais o que compramos. Analisamos muito o que nosso público está assistindo". 

1 COMENTÁRIO

  1. Faz isso não .Sou assinante .Bem , se não fosse interferir com mais conteudos em inglês , inclusive talk shows .Não pode é encher com esse lixo produzido aqui e isso suplantar os filmes e series internacionais. Vou passar batido por conteudos nacionais. Sorry !!!

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