TV aberta vê com cautela novo modelo para TV a cabo

Durante a apresentação do relatório do grupo de trabalho do Conselho de Comunicação Social responsável por apontar alternativas para recomposição do setor de TV a cabo, um aspecto ficou claro: a TV aberta é, também nas questões políticas, peça chave para que a Tv por assinatura tenha ou não sucesso. O presidente e relator do grupo de trabalho, Daniel Herz, destacou que não recebeu dos radiodifusores contribuições para a proposta de remodelagem da TV a cabo. Paulo Machado de Carvalho Neto, presidente da Abert, disse que as empresas não fizeram comentários porque não foram convidados a isso. Ele lembrou ainda que a TV aberta terá que opinar sobre as políticas para o setor de TV a cabo já que há questões tecnológicas e de direito autoral comuns. "O relatório que está sendo apresentado pode sugerir caminhos, mas jamais trará as conclusões", disse o presidente da associação dos radiodifusores.
As propostas do grupo de trabalho para a reformulação do modelo de TV a cabo esbarram na TV aberta sobretudo quando o tema é TV digital. Para o Conselho de Comunicação Social, os assinantes da TV a cabo devem ser os primeiros a consumir TV digital, de modo que opções tecnológicas comuns serão necessárias. O relatório do CCS sugere também que sejam mantidas as obrigações de must carry dos canais abertos mesmo em uma realidade digital, ou seja, mesmo que a TV aberta se digitalize, as empresas de TV a cabo deverão ter o dever e o direito de levar estes sinais.

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