On (antiga Sunrise) lança na próxima semana 4G comercial em Itatiba (SP)

A operadora On Telecomunicações (antiga Sunrise) lançará na próxima semana sua primeira operação comercial de 4G na tecnologia TD-LTE e a cidade escolhida foi Itatiba, no interior de São Paulo. A informação foi dada nesta quarta, 27, pelo CEO da On, Fares Nassar, em entrevista a este noticiário durante o Mobile World Congress, em Barcelona. De acordo com o executivo, o 4G da On cobrirá 100% do perímetro urbano e boa parte da área rural de Itatiba com suas atuais 20 estações radiobase (ERBs) instaladas. Até o fim do ano, mais 20 cidades, na região entre Louveira e Paulínia, serão lançadas, completando assim um total de 140 ERBs instaladas. Em 2014, a On começará a cobrir a região da Rodovia Presidente Dutra e o Noroeste do Estado, podendo chegar aos 133 municípios de São Paulo que compõem as áreas de numeração 12 e 19 adquiridas no leilão da faixa de 2,5 GHz. O plano de lançar o 4G comercialmente em março já havia sido antecipado em novembro por este noticiário.

A Huawei foi a escolhida para fornecer a rede TD-LTE e se encarregou do core, do backhaul de transmissão em rádio e também da rede de acesso com e-NodeBs. Além disso, a chinesa também fornecerá os terminais de usuário (CPEs), que são home gateways a serem instalados na casa do cliente; além de pequenos roteadores 4G sem fio com hotspot Wi-Fi e o mini modem USB 4G. De acordo com o CTO da Huawei para América Latina, José Augusto de Oliveira Neto, o contrato com a Huawei prevê ainda compromisso da fornecedora na evolução da plataforma TD-LTE para sua versão Advanced.

A estratégia da On é oferecer inicialmente serviços de banda larga fixa portátil, isto é, sem handover entre as células de cobertura em cidades em que embora o PIB per capita seja alto, ainda há baixa penetração de banda larga fixa. "A penetração da banda larga (fixa) ainda é muito baixa no Brasil, de apenas 10%. Isso é metade da penetração de países com PIB equivalentes ao nosso, de 22%, 23%. Queremos preencher essa lacuna e capturar clientes que estão mal atendidos ou não atendidos", conta Nassar.

Mas a ideia é oferecer mais do que banda larga. A partir do home gateway instalado na casa do usuário, a On tem uma porta aberta para serviços no conceito de casa conectada e a operadora venderá também serviços de segurança, com câmeras e sensores. A oferta de serviços de voz também está nos planos e um serviço de VoIP já está sendo desenvolvido. Nem mesmo serviços de vídeo estão descartados. "Vídeo hoje é um problema. Vamos acabar transportando vídeos de provedores OTT mesmo se não quisermos. Então, a questão é como agregar valor. Estamos estudando como fazer, se em parceria com outros ou adquirindo conteúdo pronto de terceiros. Outra opção é fazer acordos para garantir qualidade na entrega do conteúdo de um determinado serviço e sermos remunerados por isso", revela Nassar.

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