Apro divulga carta em apoio a Manoel Rangel

Seguindo a atitude de um grupo de cineastas, a Associação Brasileira da produção de Obras Audiovisuais (APRO) divulgou uma carta aberta enviada à Ministra da Cultura Marta Suplicy, em apoio à permanência de Manoel Rangel como presidente da Agência Nacional do Cinema (Ancine). Assinada pela presidente da associação, Leyla Fernandes, a carta critica a “dança das cadeiras” na agência e manifesta apoio pelo atual presidente dela – cujo mandato atual vence em maio deste ano.

Confira abaixo a íntegra da carta de apoio: 

Valorizamos as conquistas

Se existe uma coisa que a sociedade e os empresários brasileiros temem, é a chamada dança das cadeiras no governo. O exaustivo trabalho de recomeçar é assustador e quase sempre desnecessário.

Falamos aqui da Ancine. A maioria dos produtores paulistanos apoia as recentes declarações da Ministra da Cultura Marta Suplicy sobre a necessidade da permanência do seu atual presidente. A ministra em entrevista ao jornal Valor elogia a elegância do presidente por ter consciência que seu mandato terminou, mas afirma que, em face das importantes mudanças ocorridas no setor, na Agência e no Fundo Setorial do Audiovisual com a Lei 12.485é necessária e desejável a sua permanência por mais um período. Sabemos que o assunto é de decisão da Presidenta da República, mas nos permitimos aqu i exprimir nossa opinião.

A Ancine, sob o comando de Manoel Rangel e dos diretores Glauber Piva, Vera Zaverucha e Rosana Alcantara, vem fazendo um trabalho exemplar, sob as diretrizes da Presidenta Dilma Rousseff.

Esse grupo, e os diretores que ali estiveram antes, lutou dia após dia, durante a permanência de cada um deles na Agência, para a aprovação da Lei 12.485, e conseguiu.

A lei conhecida como a "lei da TV paga" veio para consolidar a indústria do audiovisual e ampliar a diversidade e pluralidade à disposição da sociedade brasileira, trazendo em seu bojo uma importante demanda de trabalho para as empresas brasileiras, técnicos e artistas de norte a sul do Brasil.

Sonhamos com esse acontecimento, lutamos por ele, fomos solidários, fizemos junto com a diretoria da Ancine e muitos dos seus servidores, um bloco coeso e eficiente que junto com outros setores da sociedade, senadores, deputados e governo federal, obteve esta importante conquista para o país.

Agora que a lei esta sendo implementada, quando encontramos uma Ministra disposta a abolir a burocracia desnecessária e reforçar a Agência para ampliar sua capacidade de resposta, mexer as cadeiras e recomeçar com um novo presidente parece-nos um transtorno dispensável à sociedade.

Além da aprovação da Lei 12.485, tivemos ainda a aprovação da Lei 12.599 que cria o Programa Cinema Perto de Você e regulamenta a produção de obras publicitárias nacionais e internacionais, tornando o mercado audiovisual brasileiro mais forte e dedicado a fortalecer o país. Não bastasse isso, a Lei 12.599/2012, intuída e escrita pela atual Diretoria Colegiada, em especial o seu presidente, presta um grande serviço ao Brasil, pois traz em seu escopo a necessidade de uma agência de publicidade brasileira para qualquer veiculação de comerciais em canais e emissoras atuantes no país.

O balanço de tudo o que a Ancine e sua atual diretoria fizeram pelo audiovisual brasileiro dispensa qualquer comentário. Mexer no time, agora, seria retroceder ou caminhar mais devagar em um momento de arrancada e grandes oportunidades para o país. Seria ainda perder a sintonia (rara) manifesta entre governo e setor audiovisual sobre as conquistas e os desafios futuros.

As produtoras sabem valorizar as grandes conquistas. E sem medo de errar pedimos, fica Manoel Rangel.

Leyla Fernandes – Presidente do Conselho da Associação Brasileira da Produção de Obras Audiovisuais – APRO

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui