América Móvil dá mais tempo para acionistas da KPN

Após as ameaças de desistência, a América Móvil acabou não só mantendo a oferta pela holandesa KPN como resolveu adiar o prazo estipulado para que os acionistas avaliassem a proposta. A companhia mexicana divulgou em comunicado nesta sexta, 27, que a oferta pública por um preço de 2,40 euros por ação (ou 7,2 bilhões de euros no total) "não é mais esperada que ocorra em setembro de 2013". Ainda assim, o grupo, que no Brasil controla a Claro, Embratel, Net Serviços e Star One, afirma que ainda está em diálogos com os acionistas da KPN e que "pretende permitir tempo suficiente" para o avanço das discussões.

No comunicado, a América Móvil garante que está conseguindo um "bom progresso para finalizar os preparativos para a oferta". Caso os diálogos se mostrem frutíferos, a empresa pretende publicar um memorando com a oferta pública ainda no mês de outubro. O grupo diz que continua a avaliar todas as opções disponíveis, incluindo o recuo da oferta pública, caso a manobra da Sticthing Preferente Aandelen B KPN, chamada de Fundação KPN, seja mantida.

A Fundação KPN é um grupo independente de antigos executivos de empresas holandesas que têm como objetivo defender os interesses dos stakeholders da KPN. No final de agosto eles bloquearam o acordo entre as empresas ao adquirir cerca de 50% das ações com direito a voto da KPN com a justificativa de que estavam protegendo os interesses de shareholders, funcionários, clientes e da sociedade holandesa em geral, que julgaram estar em risco, porque a América Móvil não teria consultado a KPN antes de fazer sua oferta.

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