As implicações da mudança de regras para o sinal da Copa

A não-codificação do sinal dos jogos da Copa do Mundo nas parabólicas em banda C não é uma notícia da qual a operadora de DTH Sky (única a oferecer os jogos via satélite) tenha gostado. Segundo fontes próximas, a mudança nas regras não contribui para se difundir a imagem da TV por assinatura como uma fonte de acesso a conteúdos importantes.
Outras fontes, contudo, garantem que a operadora não planejava crescer entre os usuários de parabólicas, pois considera que aqueles que ainda não têm o serviço de DTH representam risco muito grande de inadimplência, e que a medida presidencial não terá impactos negativos, pelo menos no aspecto financeiro.
Outros observadores ouvidos por PAY-TV News consideram que a medida presidencial é uma pequena amostra de como algumas regras internacionais podem ser "facilmente descumpridas, com uma simples canetada". Ainda que os motivos da lei sejam justos, a codificação do sinal nas parabólicas era parte de um acordo maior, que envolve inclusive a DirecTV. A operadora, concorrente da Sky, é a única com direitos de transmissão da Copa em TV paga na América Latina (exceto Brasil) e teme concorrência dos operadores de cabo dos paízes vizinhos, que roubarão agora o sinal da TV Globo.
Segundo observadores, também a Fox (sócia da Globo na Sky) não gostou muito da notícia. Teria considerado o ato da Globo de buscar junto ao governo a abertura do sinal nas parabólicas um "desprestígio" à Sky.
A decisão de abrir o sinal da Copa no satélite é boa, segundo analistas, para a TV Globo aberta, que não enfrentará nenhum tipo de reação dos sete a nove milhões de usuários de parabólicas. E estes serão, no final das contas, os maiores beneficiados.

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