Discovery estreia produção local sobre crimes ocorridos no ambiente digital

No próximo sábado, dia 6 de julho, às 22h50, o Discovery estreia a produção local "Crimes.com", assinada pela Fremantle e Arapy Produções. Ao longo de seis episódios, a série aborda crimes que ocorreram no ambiente digital na perspectiva daqueles que conhecem por dentro o submundo da criminalidade cibernética. O objetivo da atração é desvendar os bastidores dos cibercrimes e alertar para hábitos de risco que aumentam a vulnerabilidade das possíveis vítimas.

O ator Luiz Guilherme é quem apresenta os casos, revelando detalhes do crime e da ação dos hackers ao criarem armadilhas virtuais para roubos de dados, clonagem de softwares ou simplesmente para espalhar ódio e medo nas redes. Cada um dos episódios tem uma hora de duração e apresenta três histórias diferentes. Há, por exemplo, histórias sobre golpes no Uber, no WhatsApp e casos de chantagem com fotos íntimas.

Na fase de pré-produção da série, o departamento de pesquisa do canal levantou os tipos de crimes virtuais mais comuns no Brasil. "Descobrimos aí que alguns deles só existiam por aqui, como o caso de fraudes em boletos bancários, por exemplo, já que este é um método de pagamento utilizado apenas no Brasil.", conta, em entrevista exclusiva para TELA VIVA, Adriana Cechetti, diretora de produção da Discovery no Brasil. "Portanto, a ideia era mostrar na série diferentes tipos de crime e, como o público do canal gosta de conhecimento, era importante termos acesso a crimes engenhosos para explicar como eles foram arquitetados e, posteriormente, como a investigação trabalhou para desvendá-los.", completa.

A ideia veio de Ricardo Perez, Diretor de Criação da Fremantle. "Uma vez, li uma matéria que dizia que o Brasil estava entre os cinco países mais perigosos do mundo virtual, achei essa informação extremamente curiosa e fui pesquisar mais a respeito. A gente até exporta crimes que são tipicamente brasileiros, por mais doido que isso seja.", diz, também em entrevista exclusiva. "O que mais me chamou atenção foram os golpes pelo WhatsApp, que são mais comuns do que pensamos. É um ambiente muito inseguro e que evoluiu muito rápido, e a justiça não andou na mesma velocidade. Não tem legislação vigente para uma série de crimes virtuais.", ressalta.

A produção conta histórias reais e isso demanda alguns cuidados específicos. "Em primeiro lugar, respeitar a identidade das pessoas envolvidas, já que a história narrada causou dores profundas nelas, bem como de seus parentes e amigos. Para isso, temos que ser fiel aos casos que serão relatados, mas, ao mesmo tempo, buscamos formas de reconstruir as histórias alterando determinados elementos para evitar a superexposição dessas personagens.", cita Adriana. "Uma outra preocupação que temos é a de tentar instruir o espectador através dessas narrativas dramáticas. A cada episódio a audiência será surpreendida com muitas informações para evitar ser vítima de muitos golpes. A maior parte da equipe envolvida no projeto, por exemplo, mudou boa parte dos hábitos no mundo virtual.", revela. Ao narrar os casos, o programa se preocupa em prestar um serviço ao público, a fim de evitar que mais pessoas caiam nesse tipo de golpe. "Além de trazermos a pessoa que viveu a história, também contamos com as participações de outras partes envolvidas, como um consultor, que presta informações mais técnicas, policiais, detetives e, em um dos episódios, até o próprio hacker.", adianta Perez.

O diretor revela ainda um desejo de produzir uma segunda temporada. "Assunto tem, e a gente adoraria fazer. Durante o processo de produção, esse assunto foi ficando mais quente, e vimos coisas que caberiam na série também, como o caso de envios de mensagens automáticas durante as eleições ou ainda o vazamento desse tipo de conteúdo. Dizer como eles vazam e como esse roubo de dados acontece seria uma pauta interessante para o programa.", afirma. Adriana completa: "Da mesma maneira que procuramos séries originais com temas universais, buscamos séries que rendam mais de uma temporada também. Neste caso, este tema parece uma fonte inesgotável de casos relevantes e surpreendentes. Estamos sempre abertos a novas temporadas de bons conteúdos.".

1 COMENTÁRIO

  1. Adorei a série, muito pertinente para os tempos atuais. A filmagem, a narrativa não fica devendo de jeito nenhum para as produções internacionais que assisto no canal ID.Tenho recomendado para diversas amigas 'ingenuas'.

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